Contra crise, governo do Rio quer impor re�so de �gua para empresas
O governo do Rio quer impor o abastecimento de empresas no Estado com �gua de re�so. O objetivo � reduzir a capta��o para fins industriais nos rios do sistema Guandu, fonte do abastecimento da regi�o metropolitana.
A proposta foi apresentada pelo Secret�rio do Ambiente do Rio, Andr� Corr�a, a representantes da Gerdau, CSA, FCC (F�brica Carioca de Catalisadores), da Petrobras.
Essas empresas ser�o as primeiras atingidas caso a ANA (Ag�ncia Nacional de �guas) reduza a vaz�o do rio Para�ba do Sul, como sinalizou que pretende fazer em reuni�o na quarta (28) com a presidente Dilma Rousseff e os governadores do Rio, Luiz Fernando Pez�o, S�o Paulo, Geraldo Alckmin, e Minas Gerais, Fernando Pimentel.
De acordo com Corr�a, essas empresas dependem da constru��o de uma adutora de 14 km para reutilizar a �gua usada para limpar filtros da esta��o de tratamento da Cedae. Uma reuni�o na pr�xima sexta (30) vai definir quem arcar� com os custos da obra. As empresas podem apresentar outra alternativa, desde que n�o utilize �gua do rio Guandu.
"Essas empresas est�o numa situa��o de maior gravidade. Todas compreenderam o momento e decidimos implantar uma pol�tica de re�so", afirmou Corr�a, ap�s a reuni�o. Os representantes das empresas no encontro n�o quiseram se pronunciar.
Filipe Mota/Futura Press/Folhapress | ||
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Represa de Paraibuna, na bacia do rio Para�ba do Sul, em SP, um dos reservat�rios afetados por estiagem |
Resolu��o de dezembro da ANA autorizou a redu��o da vaz�o na barragem de Santa Cec�lia, do rio Para�ba do Sul, para 140 m3/s, com o objetivo de preservar o estoque dos reservat�rios localizados em S�o Paulo. Segundo Corr�a, a ANA prop�s diminuir essa vaz�o para 110 m3/s.
Na avalia��o do secret�rio, esse volume � "extremamente limitante", pois afetaria diretamente as ind�strias instaladas no Estado. O volume seria o suficiente para o tratamento de �gua par ao consumo humano, prioridade em caso de racionamento.
Contudo, ele n�o disse o que ocorreria at� a constru��o da adutora para reutiliza��o da �gua da Cedae, caso a ANA estabele�a esta vaz�o –o que inviabilizaria a capta��o de �gua pelas ind�strias.
"A ANA tem tido um comportamento extremamente democr�tico. A gente sabe que a atribui��o da gest�o da bacia � da ANA, mas em nenhum momento deixou de fazer isso em acordo com os Estados. Esse n�mero torna praticamente invi�vel a gest�o de recursos h�dricos no Rio. N�o trabalho ainda com essa hip�tese", disse Corr�a. Uma reuni�o na pr�xima quinta (5) vai definir a nova vaz�o autorizada.
Ele afirmou, por�m, que a pol�tica de re�so de �gua ser� adotada mesmo que a vaz�o permane�a a atual. O objetivo � tornar permanente a economia na capta��o de �gua dos rios.
"Apesar do Guandu ser um rio classe 2, utiliza-lo para usos menos nobres [como para fins industriais], est� se vendo que vai ser modificada", disse o presidente da Cedae, Jorge Briard.
A imposi��o do re�so de �gua, inicialmente apresentada �s empresas instaladas em Santa Cruz (zona oeste), ser� negociada tamb�m com outras companhias. Corr�a afirmou que vai pedir que a Reduc (Refinaria de Duque de Caxias), da Petrobras, passe a utilizar �gua de re�so da esta��o de tratamento de esgoto do Parque Alegria. Ele afirmou que, "num ato extremo", pode cassar a outorga de uso de �gua de empresas que rejeitem se adequar � nova pol�tica.
"Vamos apresentar na Assembleia uma pol�tica estadual de re�so, que estimule o uso eficiente. N�s podemos sim, num ato extremo, cassar outorga de empresas", disse Corr�a.
O secret�rio afirmou que n�o est� descartado o racionamento de �gua, mas afirmou que ainda n�o h� previs�o para ado��o da medida.
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