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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, neg�cios e vida empresarial.
Escreve diariamente,
exceto aos s�bados.
Governo estuda usar apenas pre�o para decidir cortes no SUS, diz ind�stria
Zanone Fraissat/Folhapress | ||
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Minist�rio da Sa�de estuda cortar 6 dos 8 medicamentos listados para tratar artrite reumatoide |
O Minist�rio da Sa�de estuda reduzir as compras de medicamentos baseado em um crit�rio de pre�o, segundo a ind�stria farmac�utica.
A iniciativa busca cortar gastos e j� foi compartilhada com empresas do setor para o caso de artrite reumatoide.
Em reuni�es com a ind�stria, o titular da pasta, Ricardo Barros (PP-PR), disse que deixaria de comprar 6 dos 8 f�rmacos biol�gicos listados no protocolo de tratamento publicado pelo Minist�rio.
A Interfarma (que representa as farmac�uticas) enviou um of�cio ao ministro na �ltima quarta (12) contra a ideia.
O tratamento da artrite reumatoide � similar ao uso de antibi�ticos, em que alguns produtos n�o fazem efeito, diz Georges Christopoulos, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia.
"� uma doen�a que provoca muita dor e absente�smo. Tecnicamente, escolher os dois rem�dios mais baratos e n�o saber se t�m o mesmo mecanismo de a��o � absurdo."
"O governo perderia qualquer economia quando, ap�s tr�s meses de tratamento, 30% a 40% das pessoas virem que ele n�o funcionou", diz Gaetano Crupi, presidente da BMS no Brasil, que fabrica um dos oito f�rmacos listados.
Os rem�dios s�o oferecidos pelo SUS, e quatro deles est�o em PDP (processos de transfer�ncia de tecnologia).
Em nota, o Minist�rio da Sa�de afirma que "discute com os fornecedores um formato de compra que preserve os interesses das PDPs em curso, sem que isso represente um aumento de custo ao SUS."
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Enquanto vagas formais crescem, mulheres perdem 11 mil postos
O n�mero de vagas de trabalho formal para mulheres caiu mais de 11 mil no primeiro semestre deste ano, enquanto para homens houve cria��o de postos. Os dados s�o do Caged, sistema do Minist�rio do Trabalho.
A discrep�ncia acontece porque a maior parte dos novos empregos vieram da agricultura, afirma Vagner Bessa, da Funda��o Seade.
"� o setor agropecu�rio que responde bem, e nele a predomin�ncia da for�a de trabalho � masculina."
BELAS, RECATADAS, CADA VEZ MAIS DO LAR - Gera��o de vagas para homens e mulheres
Outras �reas, como com�rcio e ind�stria da transforma��o, perderam postos.
"Os n�meros nesses setores s�o p�ssimos e precisam melhorar para que haja um equil�brio na cria��o de vagas entre g�neros, pois n�o s�o fun��es masculinizadas como a agricultura", diz George Sales, economista da Fipecafi.
As novas regras da CLT devem gerar mais postos de trabalho, mas de julho at� novembro, quando elas passam a valer de fato, deve haver fechamento de vagas, afirma.
Os sal�rios iniciais (de contrata��o) das mulheres continuam 10% mais baixos que o dos homens, mas ambos tiveram altas (o delas, de 4,25%, e o deles, 3,2%).
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Energia na �gua
A comercializadora de energia Tradener investir� R$ 600 milh�es em PCHs (pequenas centrais hidrel�tricas), segundo o presidente, Walfrido Avila.
Cerca de R$ 100 milh�es ser�o aportados nos pr�ximos 12 meses em uma delas, no rio S�o Bartolomeu, em Goi�s, que foi uma das vencedoras no leil�o de energia de reserva de 2016.
O financiamento deste projeto � do BNDES, e os pr�ximos dever�o ter capta��o em outros bancos.
A previs�o � que a usina passe a operar em abril de 2019. Est�o programadas tr�s hidrel�tricas, tamb�m em Goi�s, que podem entrar em leil�es ou servir o mercado de energia livre, diz ele.
"Em mar�o, vamos iniciar a segunda, se a melhora econ�mica se concretizar. O plano � ter seis meses entre o in�cio de cada PCH."
A Tradener j� tem projetos prontos para usinas e�licas no Sul e na Bahia, mas aguarda novos leil�es para tir�-los do papel, diz Avila.
R$ 1,2 BILH�O
foi o faturamento aproximado da Tradener em 2016
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Para ganhar m�sculo
A rede de academias Selfit dever� investir, at� o fim deste ano, entre R$ 70 milh�es e R$ 80 milh�es para abrir 20 novas unidades no Norte e no Nordeste do pa�s.
Os recursos v�m do fundo de private equity HIG, que fez um aporte na empresa em 2015. O valor n�o foi revelado.
O investimento para este ano ainda poder� crescer, a depender de negocia��es com redes em S�o Paulo. Se fechadas as aquisi��es em estudo, o montante pode duplicar, segundo o presidente, Leonardo Pereira.
"Outro plano � lan�ar franquias da marca, al�m das novas unidades pr�prias. Em 2017, planejamos iniciar com quatro ou cinco franqueados, como teste do modelo."
A rede, que tem sede em Recife, oferece planos de baixo custo. "� um modelo que atende do p�blico A ao C."
105
� o total de unidades hoje
500
s�o os funcion�rios da empresa
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Leil�o do trabalho
O Tribunal Regional do Trabalho de S�o Paulo arrecadou R$ 132 milh�es em leil�es de bens de empresas que foram condenadas, mas n�o haviam quitado suas d�vidas.
O valor do primeiro semestre � 55% maior que o do mesmo per�odo de 2016 e representa 75% de tudo que foi levantado no ano passado.
Os leil�es p�blicos de ativos de companhias condenadas come�aram h� dez anos, e por eles j� foram arrecadados R$ 2,5 bilh�es. O dinheiro � usado nas multas pagas �s outras partes do processo —geralmente, empregados.
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Hora do Caf�
com FELIPE GUTIERREZ, TA�S HIRATA, IGOR UTSUMI e NAT�LIA PORTINARI
Livraria da Folha
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