K�tia Abreu � senadora (PMDB-TO) e a principal l�der da bancada ruralista no Congresso. Formada em psicologia, preside a CNA (Confedera��o da Agricultura e Pecu�ria do Brasil).
O Brasil do novo G7
O FMI (Fundo Monet�rio Internacional) divulgou, no dia 7, o World Economic Outlook, panorama econ�mico mundial, com os dados atualizados do Produto Interno Bruto dos pa�ses em termos de paridade do poder de compra: o chamado PIB PPP. A grata surpresa foi a conclus�o do jornal "Financial Times" feita com base nos novos n�meros.
Segundo os c�lculos, o Brasil continua em s�timo lugar, com o PIB PPP de US$ 3,1 trilh�es. Ao mesmo tempo, um novo "G7 emergente", formado pelos quatro fundadores do bloco Brics (Brasil, R�ssia, �ndia e China) e mais tr�s do chamado bloco Mint (M�xico, Indon�sia e Turquia), ultrapassou o tradicional grupo dos sete pa�ses mais ricos em termos de PIB PPP.
Diferentemente do PIB medido em termos cambiais, apenas convertendo-o em d�lares norte-americanos, o PIB PPP expressa o que � poss�vel comprar em valores das moedas locais.
Pela metodologia da paridade do poder de compra, o PIB da China j� ultrapassa o dos Estados Unidos. O pa�s asi�tico alcan�ou, portanto, o status de maior economia do mundo, com US$ 17,6 trilh�es em riquezas. O PIB PPP norte-americano � avaliado em US$ 17,4 trilh�es.
O novo G7 responde, no conjunto, por um PIB PPP de US$ 37,8 trilh�es. Isso � quase 10% mais do que o resultado econ�mico acumula-
do pelo conceitual Grupo das 7 na��es mais pr�speras, que une os Estados Unidos, o Jap�o, a Alemanha, a Fran�a, o Reino Unido, o Canad� e a It�lia. Os ricos somam US$ 34,5 trilh�es.
A posi��o no ranking do PIB PPP afeta diretamente a atratividade de um pa�s para os investidores estrangeiros, pois representa o tamanho de seu mercado. O Brasil tem agora o desafio de segurar a s�tima posi��o nessa lista.
O mundo deve crescer 3,3% em 2014 e 3,8% em 2015, conforme divulgado pelo FMI. Mas, se por um lado o pa�s n�o est� acompanhando esse ritmo, temos vantagens singulares, que s�o privil�gio de poucos.
Afinal, uma s�rie de conflitos armados, diverg�ncias e san��es pol�ticas e econ�micas afeta o cen�rio global. O avan�o do Estado Isl�mico, o conflito entre Israel e
Palestina e a situa��o da Ucr�nia, que polariza as rela��es da R�ssia com EUA, Uni�o Europeia, Canad�, Austr�lia e Jap�o, resultam em troca de san��es econ�micas.
H�, ainda, v�rias disputas territoriais no Leste da �sia e em outras partes do mundo. Diferentes pa�ses dos v�rios continentes tamb�m padecem com guerras civis e em raz�o de confrontos com o narcotr�fico e terroristas.
No mundo em conflito, o Brasil � poupado. Das dez maiores economias mundiais em termos do PIB PPP, ao lado da China, EUA, �ndia, Jap�o, Alemanha, R�ssia e Reino Unido, o nosso pa�s � o mais est�vel no que se refere ao quadro pol�tico e � paz.
Nossas exporta��es devem seguir fechando na casa dos US$ 240 bilh�es neste ano. Segundo o �ndice da Heritage Foundation de 2013, o grau de abertura comercial do Brasil ainda est� ligeiramente abaixo da m�dia mundial: 69,7 para o Brasil, ante 74,6 para o mundo.
Mas o agroneg�cio brasileiro � altamente competitivo. Temos um grande potencial de crescimento, uma vez que a demanda mundial por alimentos aumenta de forma constante. De janeiro a setembro deste ano, as exporta��es brasileiras de produtos do agroneg�cio somaram US$ 75,9 bilh�es e o saldo da balan�a do setor foi positivo em US$ 63,2 bilh�es.
N�o h�, portanto, raz�o para que sejamos contaminados pelo pessimismo. Num cen�rio sem guerras, cat�strofes e disputas territoriais com na��es vizinhas, n�o h� dificuldade que n�o possamos vencer. Ainda que o cen�rio externo n�o seja propriamente um mar de rosas, n�o vivenciamos nenhuma crise econ�mica insuper�vel.
O ambiente pol�tico est�vel nos permite, com poucos ajustes estruturais, reverter o quadro econ�mico para voltarmos a crescer em ritmo acelerado. Temos tudo para manter a nossa boa posi��o no ranking das maiores economias do planeta. E melhor: nada nos pro�be de sonhar e de agir para que possamos galgar posi��o ainda mais relevante.
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