� jornalista esportivo, especializado na cobertura de futebol, editor da revista "Monet" e colaborador do di�rio "Lance".
Sele��o: euforia maior que o futebol
Tive de assistir ao confronto entre Brasil e Inglaterra duas vezes. Al�m de ver o jogo ao vivo, revi o amistoso para tentar enxergar a boa atua��o do time de Luiz Felipe Scolari, principalmente o grande primeiro tempo, que v�rios analistas e torcedores tanto exaltaram.
At� o treinador parece ter gostado, pois delcara que deve repetir quase a mesma escala��o para o pr�ximo amistoso, contra a Fran�a.
Talvez, falando da primeira etapa, quem achou que a sele��o jogou muito bem foi enganado pela posse de bola que quase na totalidade foi do Brasil, pelo tempo que o time ficou no campo do advers�rio e a quantidade de chutes deferidos contra o gol dos ingleses - maioria sem perigo. Mas a equipe pouco criou e tamb�m sofreu para vencer a marca��o de um desinteressado time ingl�s.
A grande parte do tempo que o time esteve com a posse de bola foi gasto com toques laterais, curtos e lentos. Faltou tamb�m que fossem trocados passes r�pidos e n�o aconteceram triangula��es pelos lados do campo, que seriam uma arma eficaz contra as duas linhas defensivas armadas pela Inglaterra para se defender.
J� falei aqui que os nossos t�cnicos tentam usar o 4-2-3-1, mas o fazem da pior maneira poss�vel - Felip�o desde que voltou da Europa usa esse esquema, que deixa o time gessado e previs�vel. Por isso, a movimenta��o do time brasileiro foi muito ruim. Sobretudo no ataque, foram raros os deslocamentos.
Sempre t�nhamos um meia aberto, jogando fixo como ponta, Oscar pela direita, Hulk na esquerda e Neymar pelo meio. S� o ex-jogador do Santos se movimentou mais - mesmo assim, ele pouco foi para o lado direito do ataque brasileiro - e tentou se aproximar do isolado Fred, que recebeu poucas bolas.
At� a propalada efici�ncia defensiva n�o existiu. Nas duas �nicas vezes que os ingleses tentaram atacar na primeira etapa do jogo, eles levaram perigo e finalizaram dentro da nossa �rea.
Sim, no segundo tempo, sem um cabe�a de �rea t�pico, corremos mais riscos. Mas n�o custa lembrar que o segundo gol dos ingleses saiu em um contra-ataque que come�ou em um passe errado de Marcelo, e j� com o time com um volante defensivo no gramado, Fernando - inclusive, o chute de Rooney acabou desviando nele.
Tamb�m � bom ressaltar que marcamos dois gols gra�as aos volantes, que, vindos de tr�s, escaparam da marca��o inglesa. No primeiro, Hernanes acertou um chute na trave para Fred balan�ar a rede no rebote, e o gol de empate foi feito por Paulinho.
Apesar dos euf�ricos de plant�o, � preciso dizer que a sele��o brasileira est� muito longe do ideal, e hoje n�o est� entre as melhores do planeta. Faz muito tempo que a nosso time vive muito mais de ilus�o do que do bom futebol.
DESTAQUE
Para o Atl�tico-MG, �nico time brasileiro classificado para as semifinais da Copa Libertadores. Depois da sofrida classifica��o contra o Tijuana, que foi garantida gra�as ao milagre do goleiro Victor e a defesa heroica de um p�nalti no �ltimo minuto da partida, a interrup��o do torneio, que s� ter� seu recome�o em julho, veio em um excelente momento para os mineiros. Esse intervalo vai servir para a recupera��o f�sica de alguns jogadores que j� n�o conseguem ter o mesmo rendimento do in�cio do ano, vai servir para que o t�cnico Cuca treine outras forma��es da equipe e, por fim, vai diminuir a press�o sobre o time que chegou ao auge e que nas �ltimas partidas caiu de desempenho.
ERA PARA SER DESTAQUE
Para o bom in�cio de Vit�ria e Botafogo no Campeonato Brasileiro. As duas equipes conseguiram sete pontos nas tr�s primeiras rodadas. O Botafogo pode sonhar com uma vaga na Libertadores de 2014, mesmo n�o tendo um elenco com v�rias op��es. J� o Vit�ria se credencia para ficar na parte de cima da tabela.
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