Com elei��es em 2018, educa��o segue em ponto morto e sem projeto que a torne prioridade

�poca de promessas, o ano eleitoral n�o traz grandes expectativas para a educa��o. O clima polarizado das discuss�es pr�-eleitorais n�o tem indicado boas perspectivas para os desafios educacionais.

Muito pelo contr�rio. A avalia��o � de que o pa�s est� distante de um projeto que coloque o tema no centro da agenda pol�tica e econ�mica. A educa��o viveu em 2017 mais um ano de estagna��o de recursos, contrariando os diagn�sticos que apontam para a necessidade de mais investimentos. Tanto para incluir os quase 2,5 milh�es de crian�as e jovens entre 4 e 17 anos que est�o fora da escola quanto para melhorar os �ndices de qualidade.

Sob o governo Michel Temer, a crise econ�mica e a falta de prioridade colocaram em ponto morto o principal desses diagn�sticos, PNE (Plano Nacional de Educa��o), que tra�a metas para o setor at� 2024.

Ao analisar a maioria dos temas desta edi��o, o leitor pode concluir que a garantia de uma escola de qualidade (para todos) se relaciona com os desafios do pa�s. Evid�ncias n�o faltam: a cada 1% a mais de jovens na escola, h� queda em 2% nos homic�dios; cada ano a mais de escolaridade aumenta em 10% a renda do trabalhador para o resto da vida; tr�s anos a mais de escolaridade m�dia tendem a levar a um crescimento de mais de 1% do PIB (Produto Interno Bruto) de uma na��o.

Apesar disso, a crise econ�mica consolida o entendimento de que os custos da educa��o p�blica s�o gastos a serem enxugados. � bom lembrar: mais de 80% dos estudantes do pa�s est�o na rede p�blica.

Educa��o inclusiva e de qualidade custa caro. A sociedade precisa refletir como o mantra da prioridade da educa��o se reflete na pr�tica —e nos or�amentos.

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2,5 milh�es

de crian�as e jovens entre 4 e 17 anos est�o fora da escola

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