Futebol brasileiro vive per�odo de ressaca ap�s 7 a 1 na Copa e Olimp�ada do Rio

Bruno Santos/Folhapress
S�O PAULO, SP, 19.10.2017: J�-FUTEBOL - O atacante do Corinthians, Jo�o Alves de Assis Silva, conhecido como J�, no Centro de Treinamento Joaquim Grava na zona leste de S�o Paulo. (Foto: Bruno Santos/Folhapress)
O atacante J�, do Corinthians

Depois de uma Copa, um 7 a 1 e uma Olimp�ada com pouco intervalo entre eles, 2017 foi meio de... ressaca. Inclusive no futebol.

Prova de que o ano foi levado em banho-maria: considerado a quarta for�a do Paulistinha no come�o do ano (por um monte de gente), o Corinthians foi o campe�o brasileiro (e paulista), com louvor. O time � bom? N�o. Tem craques? N�o. Mas foi aplicado e eficiente. Na seca de bom futebol que tem por aqui, isso basta. Ajudou tamb�m o Gr�mio (o melhor time) come�ar a poupar jogadores para a Libertadores faltando 427 rodadas para o fim do campeonato.

E comprovando quase literalmente a ressaca boleira, o melhor jogador do Brasileiro foi o ex-baladeiro J�. Reza a lenda que o mo�o trint�o conhece o melhor da noite de Manchester, Liverpool, Minas e Porto Alegre, entre outros. Uma "biografia desautorizada" desse J� seria best-seller certo. Mas o atacante "endireitou" (apesar de ser canhoto), fez um monte de gols e se destacou no seu time. Logo, vai para a Copa? N�o. Ser o melhor do Brasil n�o leva ningu�m a Copa.

E o futebol brasileiro teve ainda alguns pr�mios de revela��o em 2017.

O honesto: Rodrigo Caio, zagueiro s�o-paulino, criticado por muitos, incluindo coleguinhas de elenco, por ter livrado J� (o pr�prio) de uma expuls�o no cl�ssico ao dizer ao juiz que o atacante n�o tinha feito uma falta. Chegou a ganhar de brinde convoca��o para a sele��o. Vai para a Copa? N�o (Geromel, do Gr�mio, � melhor).

A dedada: outro zagueiro, outro Rodrigo, da Ponte Preta, um pouco menos cavalheiro que Caio. No jogo em que seu time ganhava de 2 a 0 do Vit�ria, em Campinas, Rodrigo achou que deveria dar uma intimidada em um jogador rival e meteu o dedo entre suas n�degas, ali mesmo. S� que um dos assistentes viu e dedurou (trocadilho infame e necess�rio). O dono do dedo assanhado foi expulso, seu time, com um a menos, levou a virada, 3 a 2, e a Ponte caiu.

O chor�o: Neymar pode n�o ser (ainda) o melhor do mundo, mas j� � insuper�vel no mimimi. Cris Ronaldo e Messi n�o chegam perto. Neste ano, fez mimimi no Barcelona e for�ou a sa�da para o PSG. Em Paris, fez mimimi para bater p�nalti e falta no lugar do outro atacante do time. Depois, no amistoso da sele��o contra o Jap�o, foi dar entrevista ap�s a vit�ria de 3 a 1 e caiu no choro. Vai para a Copa? Vai.

E quem se incomodou com o choror� dos jogadores em 2014, cuidado. Vem mais por a�, oremos. Como ainda nenhuma marca de len�os umedecidos resolveu patrocinar a sele��o � o grande mist�rio da humanidade, ou da publicidade.

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