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24/03/2011 - 07h51

Confronto entre manifestantes e pol�cia se intensifica na S�ria

DA BBC BRASIL

For�as de seguran�a s�rias abriram fogo na tarde desta quarta-feira contra centenas de pessoas que protestavam contra as mortes de manifestantes antigoverno em uma a��o na madrugada na cidade de Deraa, no sul do pa�s.

Os relatos sobre a a��o s�o desencontrados, mas h� testemunhos falando em 4, 10 e at� 37 mortos. A BBC n�o p�de verificar independentemente as informa��es.

Segundo as testemunhas, a pol�cia tamb�m disparou contra pessoas que participavam dos funerais das seis pessoas mortas durante a tomada de uma mesquita controlada pelos opositores em uma opera��o na madrugada desta quarta-feira.

Outras seis pessoas j� teriam sido mortas anteriormente em confrontos com as for�as de seguran�a em Deraa desde o in�cio dos protestos, na sexta-feira.

O secret�rio-geral da ONU (Organiza��o das Na��es Unidas), Ban Ki-moon, pediu uma "investiga��o transparente" sobre os respons�veis pelas a��es.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos se disse "profundamente preocupado pelo uso da viol�ncia pelo governo s�rio, pela intimida��o e pelas pris�es arbitr�rias para conter a habilidade de seu povo de exercer livremente seus direitos universais".

Os protestos contra o governo no sul do pa�s, inspirados nas manifesta��es pr�-democracia que v�m ocorrendo em outros pa�ses da regi�o, s�o o maior desafio ao presidente Bashar al-Assad desde que ele assumiu o poder, sucedendo o pr�prio pai ap�s sua morte, h� 11 anos.

A S�ria � governada sob leis de emerg�ncia desde 1963.

MASSACRE

A viol�ncia desta quarta-feira come�ou durante a madrugada, quando centenas de pessoas se juntaram nas ruas no entorno da mesquita Omari, base das manifesta��es contra o governo desde a sexta-feira, para evitar que as for�as de seguran�a invadissem o local.

Testemunhas disseram que pouco ap�s a meia-noite o suprimento de energia para o local foi cortado e a pol�cia come�ou a disparar tiros e bombas de g�s contra os manifestantes.

Um ativista de direitos humanos disse ao servi�o �rabe da BBC que houve "um massacre" de "cidad�os inocentes, sem defesa e pac�ficos, que estavam promovendo protestos pac�ficos e que n�o tinham nem mesmo pedras para se defender".

A TV estatal da S�ria disse que uma quadrilha armada estaria operando de dentro da mesquita e mostrou o que seriam armas e muni��es guardadas no local.

A TV tamb�m disse que o grupo estaria sequestrando crian�as e as usando como escudos humanos. Segundo o relato da TV estatal, as for�as de seguran�a mataram quatro membros da quadrilha.

� tarde, centenas de jovens dos vilarejos vizinhos de Inkhil, Khirbet, Ghazaleh e al-Harrah, se reuniram ao norte de Deraa e tentaram seguir em passeata ao centro da cidade.

Uma testemunha disse � BBC que ao menos dez pessoas foram mortas quando a pol�cia interceptou o grupo e abriu fogo, enquanto um ativista de direitos humanos enviou � BBC uma lista com 37 nomes de pessoas que teriam sido mortas. Os relatos n�o puderam ser confirmados independentemente.

Segundo a TV Al Jazeera, o n�mero de mortes nos confrontos em Deraa chegaria a 15.

Outra testemunha disse � ag�ncia de not�cias Reuters que "dezenas" de corpos teriam sido levados a um hospital em Deraa.

V�DEOS

"Recebemos informa��es conflitantes sobre o n�mero de mortos e feridos", afirmou � BBC Nadim Houry, pesquisador-s�nior para a S�ria da organiza��o internacional Human Rights Watch.

"Mas v�deos no YouTube apareceram depois mostrando ao menos quatro corpos deixados na rua e outros manifestantes tentando carregar esses corpos", disse.

Segundo ele, os v�deos foram mostrados a pessoas origin�rias de Deraa que est�o em Damasco, a capital s�ria, e que teriam confirmado que as ruas mostradas no v�deo s�o da cidade.

"Eles reconheceram a rua, e n�o temos not�cias de outros epis�dios de viol�ncia que tenham ocorrido naquela rua a n�o ser hoje (quarta-feira)", afirmou.

O jornal pr�-governo "Al-Watan" afirmou que dois policiais teriam sido mortos nos confrontos em Deraa e que armamentos estariam sendo traficados para a cidade a partir da Jord�nia, cuja fronteira fica pr�xima dali.

O jornal tamb�m acusou a TV �rabe da BBC de transmitir "not�cias provocativas".

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