Cat�strofes naturais causam perdas de bilh�es e refor�am pobreza, diz estudo
Nasa/Efe | ||
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Imagem de sat�lite mostra a aproxima��o do furac�o Nicole |
As perdas causadas pelas cat�strofes naturais chegam a US$ 520 bilh�es todos os anos, afirmou nesta segunda-feira (14) o Banco Mundial em um novo relat�rio que revisa amplamente em alta os preju�zos sofridos pela popula��o mais carente.
Essas cat�strofes "mergulham na pobreza cerca de 26 milh�es de pessoas por ano", resume o relat�rio "Refor�ar a resist�ncia dos mais pobres ante as cat�strofes naturais", publicado durante a COP22 (Confer�ncia da ONU sobre o Clima no Marrocos).
A nova avalia��o de perdas do Banco Mundial � superior em 60% aos c�lculos habituais da ONU (US$ 300 bilh�es).
Os autores do informe n�o apenas calcularam as perdas materiais (moradias, infraestruturas, meios de transporte), como tamb�m a perda do "bem-estar" que um desastre natural sup�e para os mais desfavorecidos.
Isso inclui os gastos com alimenta��o, educa��o, sa�de etc., j� que os atingidos perderam tudo ou quase tudo.
"As perdas materiais avaliadas durante as cat�strofes n�o s�o um bom indicador porque n�o levam suficientemente em conta os mais pobres", explica St�phane Hallegatte, que coordenou o relat�rio.
Por isso, o Banco Mundial acredita que se o planeta n�o sofresse cat�strofes naturais durante um ano, mais de 26 milh�es de pessoas escapariam da pobreza.
A t�tulo de exemplo, o economista cita o recente furac�o Matthew.
"Os danos foram avaliados em 2 bilh�es no Haiti e 7 bilh�es nos Estados Unidos, quando a gravidade do impacto foi muito mais poderosa no Haiti".
Se, em compensa��o, forem levadas em conta as "perdas de bem-estar", o relat�rio mostra que nesse tipo de desastre "os mais pobres s�o muito mais afetados".
"Vinte por cento dos mais pobres sofrem apenas 11% das perdas materiais, mas 47% das perdas de bem-estar".
"O tuf�o Nargis, que atingiu Mianmar em 2008, obrigou metade dos agricultores pobres afetados a vender seus bens –incluindo suas terras– para pagar suas d�vidas", destaca o Banco Mundial.
Al�m da reavalia��o das perdas, este novo enfoque dos desastres naturais quer modificar tamb�m a concep��o dos projetos de ajuda do Banco Mundial, segundo os autores do relat�rio.
"Se selecionarmos projetos a partir das perdas materiais, favorecemos as zonas ricas e as popula��es com recursos", alerta St�phane Hallegatte.
No entanto, h� pa�ses como as Filipinas ou o Vietn� que desejam um maior equil�brio entre a efic�cia do gasto p�blico (para a gest�o dos riscos naturais) e a ajuda aos mais desfavorecidos para enfrentar isso, explica o economista.
Al�m das medidas cl�ssicas (normas de constru��o mais robustas, refor�os dos pr�dios, represas, planos urban�sticos etc.), h� outras ferramentas para favorecer com maior precis�o as popula��es pobres.
O acesso imediato a recursos financeiros para superar uma crise � um fator-chave, mas a ajuda paradoxalmente n�o chega aos mais desfavorecidos, que n�o t�m conta banc�ria, nem prote��o social e muito menos um seguro.
O Paquist�o decidiu, em 2010, depois de um devastador terremoto, conceder ajuda a milh�es de pessoas mediante cart�es de cr�dito pr�-pagos, que permitiram sacar dinheiro de um caixa eletr�nico.
O Qu�nia tamb�m aplicou em 2015 um sistema inovador de ajuda aos camponeses durante uma grave seca, atrav�s de celulares. O sistema permitiu repassar ajuda diretamente a 100 mil pessoas.
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