Confer�ncia do Clima come�a e tenta colocar Acordo de Paris em a��o
Mosa'ab Elshamy/AP | ||
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Entre as propostas brasileiras para esta COP est� a regulamenta��o do mercado de carbono |
Com o Acordo de Paris em vigor, o desafio dessa edi��o ser� implementar ferramentas de transpar�ncia e fiscaliza��o que garantam o cumprimento das metas nacionais de redu��o das emiss�es de carbono. A delega��o brasileira est� em Marrakech com uma lista de propostas para a COP22 (Confer�ncia da ONU sobre o Clima), que come�a hoje e vai at� dia 18.
Entre as propostas brasileiras para esta COP est� a regulamenta��o do mercado de carbono, que j� existe desde o Protocolo de Kyoto, mas ganha ares de complexidade com o Acordo de Paris.
Antes, apenas pa�ses desenvolvidos eram obrigados a reduzir emiss�es e, para ajudar a alcan�ar suas metas, poderiam comprar cr�ditos de carbono de pa�ses em desenvolvimento. Agora, qualquer pa�s pode comprar ou vender cr�ditos.
Em Marrakech, o Brasil deve apresentar propostas de transpar�ncia e regulamenta��o desse mercado, principalmente sob a preocupa��o de uma poss�vel contagem dupla –compradores e vendedores abatendo a mesma emiss�o de carbono das suas metas nacionais.
Uma das propostas do Brasil j� levantou pol�mica entre ambientalistas o pa�s. Ela excluiria do mercado de carbono os projetos que, pela prote��o de florestas, evitam emiss�es. Eles j� s�o regulados pelo mecanismo de Redu��o de Emiss�es por Desmatamento e Degrada��o e financiados por doa��es.
A restri��o desaponta organiza��es que podem perder a oportunidade de vender seus cr�ditos de carbono a partir da prote��o florestal. Contudo, ela � tida como necess�ria por pa�ses em desenvolvimento que possuem grandes �reas florestais. Segundo eles, a venda de cr�ditos para a prote��o florestal impediria o desenvolvimento econ�mico, enquanto permitiria que pa�ses mais ricos continuassem crescendo sem deixar de emitir carbono.
O mecanismo de cr�ditos de carbono nasceu de proposta brasileira em 1997, para engajar os pa�ses em desenvolvimento na transi��o para um crescimento econ�mico de baixo carbono.
BRASIL QUE NEGOCIA
Internamente, o Brasil � criticado por ambientalistas pelo desperd�cio do talento natural para desenvolvimento sustent�vel. Mas, l� fora, o pa�s � visto como pot�ncia ambiental e tem posi��o confort�vel para discutir rumos em negocia��es clim�ticas.
Representantes de diferentes na��es presentes em outras COPs relatam caracter�sticas brasileiras na discuss�o do clima: construtor de consensos; prefere bastidores aos palcos; e j� salvou reuni�es que tinham todas as condi��es para fracassar.
O que os observadores das negocia��es destacam e que pode explicar a posi��o mediadora do Brasil � a capacidade da diplomacia brasileira exercer empatia com diferentes pa�ses e situa��es.
� um pa�s em desenvolvimento, industrializado e com matriz energ�tica em grande parte limpa, mas que tamb�m explora petr�leo. Quando o assunto � clima, ningu�m desgosta do Brasil.
O pa�s tamb�m "saiu bem na foto" ao ser o �nico em desenvolvimento a propor metas "incondicionais" –implementadas independentemente de dinheiro internacional.
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