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Os modelos de arcade conhecidos como Cocktails são aqueles em formato de mesa, nos quais os jogadores geralmente se posicionam frente a frente para partidas em que a tela se inverte conforme o turno de cada um.

Enquanto alguns jogos de arcade no formato Cocktail são mais tradicionais, como o Missile Command da Atari, existe o que chamo de tríade dos Cocktails, que são espécies de holy grails do colecionismo. Dois deles eu já incorporei à minha coleção anteriormente, o Joust, da Williams, e o Track & Field, da Konami/Centuri. O último e o mais valorizado no mercado é o superclássico da Atari para 4 jogadores – o Warlords.

É com muito orgulho que apresento este maravilhoso espécime de arcade que faz parte dos Cocktails mais desejados entre os colecionadores e, no post introdutório desta série, explico os motivos que levam a isso.

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Warlords, conforme introduzido no post de índice desta série, é um dos arcades que, em sua versão Cocktail, estão entre os três mais desejados por colecionadores, a chamada “tríade de holy grails”.

Para entender um pouco mais o motivo que leva a isso, é preciso retroceder no tempo, até a ocasião da fabricação do primeiro video arcade da Atari, o Pong, em 1972:

O game básico e cativante de Pong, emulando um jogo de tênis, deu origem a uma geração de arcades de esporte, incluindo incontáveis clones produzidos por concorrentes, como o Paddle-Ball, da Williams, fabricado em 1973:

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Os colecionadores americanos de arcade que viveram a década de 80 têm presenciado um mercado em que é constante o aumento dos valores de arcade games, e muitos não aceitam bem a nova dinâmica de escassez que se impõe normalmente a itens antigos (fenômeno que experimentei durante a construção da minha coleção de Atari).

De forma geral, a evolução de preços dos video arcades passou pelos seguintes momentos:

Década de 90/pós-crash dos videogames: quaisquer USD 100 compravam um gabinete de arcade (muitas vezes, até menos) Anos 2000: o colecionismo ainda não estava em alta e as máquinas custavam cerca de 10% dos valores atuais Passado recente: os arcades eram vendidos a pouco mais da metade dos valores de hoje

O Warlords, em sua versão Cocktail, além de vender muito rápido, geralmente alcança bons valores de mercado, informação que eu já tenho balizada por acompanhar inúmeros anúncios e leilões nos últimos anos. Na maioria das vezes, demorar algumas horas para tomar uma decisão significa perder a oportunidade de comprar a máquina.

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Em pouco tempo após a compra, eu consegui receber o Warlords Cocktail no meu game room. Para a etapa final do transporte, o gabinete veio sem os pés, que eu instalei na chegada. Um ponto interessante a ser observado é a presença de 4 parafusos transfixando o fundo da máquina. Isso não deveria ser assim; possivelmente o antigo proprietário teve que trocar os parafusos do power brick e utilizou medidas muito longas.

A primeira coisa que fiz foi a limpeza básica da parte exterior do gabinete, pois estava com muito pó acumulado.

O visual já mudou bastante somente com esse procedimento:

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Uma das revisões obrigatórias em qualquer arcade geralmente passa pelo conjunto de força, o par formado pelo bloco de força (ou power brick) e pela placa reguladora de áudio (ou Atari Audio Regulator A/R), não esquecendo também do cabo de força (power cord).

O power brick é mais crítico de forma geral, uma vez que é importante ter certeza de que o Big Blue está em bom estado de funcionamento e os fusíveis também. Este capacitor, apelidado dessa forma por sua cor original na década de 80, não é necessariamente azul. Neste Warlords, foi substituído por um de cor preta – na foto, está logo atrás da capa de papelão do conjunto de fusíveis.

Os gabinetes dos modelos Cocktail são, por natureza, espaços bem apertados. Para remover o power brick do Warlords, é preciso retirar o monitor para ter acesso pela parte superior.

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