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Por Da Redação


Espiral de pedras usada para meditação em uma das trilhas do programa do The Ashram; e Fernanda em manhã de hiking (Foto: Divulgação) — Foto: Vogue

Eu tinha uma viagem programada para Los Angeles, e uma amiga tentava me convencer a se juntar a ela em sua visita anual ao The Ashram, mistura de retiro espiritual com boot camp dos mais hardcore, na área de Calabasas. “São duas horas de ioga e cinco de hiking por dia. E você pode ficar no quarto comigo, porque lá TODOS dividem quarto e banheiro”, me disse. Fiquei de pensar. Mas o que eu – que detesto ioga e escolhi justamente um colégio interno que, além da excelência acadêmica, tivesse quarto com banheiro, quando fui morar na Suíça – faria num lugar desses?

Malibu vista do alto de uma trilha (Foto: Divulgação) — Foto: Vogue

O assunto, porém, ficou na minha cabeça e procurei no mesmo dia o tal The Ashram no Google.Os relatos dos frequentadores assíduos eram de fato animadores. E, se Oprah, Julia Roberts, Gwyneth Paltrow, Colin Farrell e Queen Latifah conseguiram, eu também sobreviveria à programação desse spa radical. Tive sorte ao ligar: o Ashram recebe só 14 hóspedes por vez e recomenda-se que a reserva seja feita com quatro meses de antecedência, mas uma pessoa acabara de cancelar sua estada. Na semana seguinte, eles entrariam em contato para que efetuasse o pagamento (US$ 5.000 por sete dias), só que recebi um e-mail bomba de lá dias depois: “Fernanda, sua amiga desistiu. Você vem mesmo?”. Como adoro desafios, resolvi manter minha programação.

Prato vegetariano servido aos hóspedes do The Ashram; Fernanda na caverna que fica na Backbone Trail, onde os músicos do The Doors ensaiavam e é parada obrigatória em uma das caminhadas do programa; e o espaço reservado à prática de ioga (Foto: Divulgação) — Foto: Vogue

No Ashram, o dia começa às 6h com uma hora de ioga. Depois, vem uma caminhada pesada entre as montanhas de Santa Monica e Malibu. Carregando um camel pack com mais de três litros de água, percorre-se uma média de 20km por manhã. Nas trilhas, guias de plantão nos dão a direção correta, além de castanhas e ameixas. De volta à sede, as tardes e noites são dedicadas a atividades como hidroginástica, massagens e sessões de meditação. Fato raro nesse tipo de programa, a comida vegetariana (plantada em horta própria) é deliciosa. São 1.300 calorias por dia, e em nenhum momento senti fome.

Eclético como de costume, meu grupo reuniu, entre outros, um executivo de Wall Street, uma perua de Dallas, uma grega do time de polo aquático da Brown University (minha roommate) e a atriz Patricia Arquette, que se preparava para a award season – ela acaba, aliás, de ganhar um Globo de Ouro. A experiência não foi moleza,mas voltei para casa renovada – da pele ao espírito. (FERNANDA ABDALLA)

Este é um trecho da matéria 'Busca hardcore'. Leia o texto na íntegra na edição de fevereiro da Vogue Brasil.

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