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Por Da Redação


Dieta Viking (Foto: Ric Boman) — Foto: Vogue

Avós do meu pai vieram da Noruega e se estabeleceram em Minnesota, Estado do Meio-Oeste americano que tem uma grande comunidade escandinava. Na minha infância no Arizona, sonhava em colher amoras silvestres perto de um fiorde, sentindo o fresco vento nórdico. Mas o mais perto que já cheguei desse idílio foi na cafeteria da Ikea, quando meu então marido e eu estávamos mobiliando a casa e almoçávamos por lá, degustando almôndegas suecas com berries típicas da região.

Recentemente, me deparei com artigos sobre algo chamado de nova dieta nórdica, descrita como “regional, sustentável, sazonal e saborosa”. “Esqueça a dieta mediterrânea... vá para o Norte!”, proclamou o Daily Mail. Pensei que, como sou viking, provavelmente conseguiria comer como uma – mas não a velha dieta nórdica, composta por canecas de bebida fermentada e pernil de veado ou de algum animal selvagem do gênero. O novo regime escandinavo inclui pratos que sempre comi, como arenque defumado com creme, beterrabas em conserva, biscoitos de centeio Wasa e gjetost, o queijo duro de cor ocre com gosto de leite condensado.

A base da dieta viking: Carne de arenque: Ajuda a controlar a pressão, reduz o risco de doenças cardíacas e os níveis de colesterol. Berries: Antioxidantes e com efeito anti-inflamatório, são ótimas armas para retardar o envelhecimento da pele. Óleo de canola: Rico em ácido graxo, reduz o mau colesterol e aumenta o bom, e deve substituir o azeite de oliva. Grãos integrais: Repletos de fibras, têm baixo teor de gorduras e ajudam no controle do colesterol (Foto: Thinkstock) — Foto: Vogue



Essa nova dieta começou a se propagar em 2004, quando os chefs visionários René Redzepi e Claus Meyer organizaram um simpósio para debater o aumento do consumo de alimentos processados e aditivados de grãos refinados e frango e carne produzidos em massa. Em seu então recém-aberto restaurante,o Noma, haviam desenvolvido um menu-degustação de pratos feitos com alimentos selvagens: musgo, gravetos, algas marinhas e cascas de árvore comestíveis, além de alce e arenque, centeio e urtigas.

De lá para cá foram feitos inúmeros estudos para determinar se o cardápio inovador traria benefícios à saúde. Um grupo seguiu a nova dieta nórdica (que inclui consumo de peixes, frutos do mar e algas marinhas; carne não processada, tubérculos, folhas verdes, nozes e frutos do tipo berry, legumes, frutas orgânicas e grãos integrais, tudo produzido localmente e da estação); e os demais participantes tinham uma alimentação que permitia grãos refinados, alimentos processados e açúcar. Seis meses depois, o grupo nórdico havia perdido uma média de três quilos e meio, além de ter diminuído centímetros nas circunferências de quadril e cintura, gordura corporal e pressão sanguínea.

Assim como a famosa dieta mediterrânea, o novo regime escandinavo não é tanto um plano fixo de refeições, mas uma maneira de se relacionar com a comida. Ao contrário da primeira, que permite pão branco, massa e polenta, a nórdica rejeita grãos refinados e alimentos processados. E, em vez de azeite de oliva, propõe o uso de óleo de canola, que tem menos gordura saturada, mais ômega-3 e ainda faz bem ao coração. “É ótimo para a saúde cardiovascular. Afina o sangue e tem alta porcentagem de gordura insaturada”, diz Marc Hellerstein, professor de nutrição da Universidade da Califórnia. (KATE CHRISTENSEN)

Este é apenas um trecho da matéria Coma como um viking. Leia o texto na íntegra na edição de maio da Vogue Brasil.

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