Das trilhas de ‘Irmãos coragem’ e ‘Dancin’ Days’ a clássicos da MPB, o início de Djavan e o sucesso de Rita Lee, Xuxa e Marília Mendonça: está tudo em ‘Uma biografia do ouvido brasileiro’
Elis Regina é considerada por muitos uma das maiores cantoras brasileiras de todos os tempos. Conhecida pela competência vocal e presença de palco, foi comparada a cantoras como Ella Fitzgerald e Sarah Vaughan. Apelidade de 'Pimentinha', Elis nasceu em Porto Alegre e surgiu nos festivais de música na década de 1960.
Já tinha quatro LPs gravados quando foi revelação do festival da TV Excelsior em 1965 ao cantar "Arrastão", de Vinícius de Moraes e Edu Lobo. A partir daí, passou comandar, ao lado de Jair Rodrigues, um dois mais importantes programas de música popular brasileira da época, 'O Fino da Bossa'.
Cantou muitos gêneros: MPB, Bossa Nova, Samba, Rock e Jazz. Interpretou sucessos como "Madalena", "Águas de Março", "Atrás da Porta", "Como Nossos Pais", "O Bêbado e a Equilibrista" e "Falso Brilhante".
Cantou músicas de artistas que ainda pouco conhecidos como Milton Nascimento, Ivan Lins, Belchior, Renato Teixeira, Aldir Blanc, João Bosco, Chico Buarque e Tim Maia.
Em 1974, gravou o clássico "Elis & Tom", com Tom Jobim, álbum que foi tema de documentário de Roberto de Oliveira, Jom Tom Azulay recentemente.
Elis morreu aos 36 anos, no auge da carreira, em 1982. Deixou uma vasta obra. Sua morte causou uma enorme comoção no país. Exames provaram que Elis morreu vítima de parada cardíaca provacada pelo consumo cocaína associada a de bebida alcoólica.
A cantora teve três filhos: João Marcello Bôscoli, do seu primeiro casamento com o músico Ronaldo Bôscoli (1928-1994), Pedro Camargo Mariano e Maria Rita, de seu segundo marido, o pianista César Camargo Mariano.