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    Promotoria aponta 'bra�o armado' de grupo de Garotinho

    ITALO NOGUEIRA
    DO RIO

    22/11/2017 13h19

    Rafael Andrade - 18.abr.2010/Folhapress
    RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL, 18-04-2010: O ex-governador do Rio, Anthony Garotinho e visto ao lado da prefeita de Campos dos Goytacazes, Rosinha Mattheus,durante lancamento da candidatura de Garotinho ao governo do estado do Rio de Janeiro, nas eleicoes 2010, em casa de shows, no centro do Rio, 18 de abril 2010. (Foto: Rafael Andrade/Folha Imagem, BRASIL) ***ESPECIAL***
    Anthony e Rosinha Garotinho se abra�am durante lan�amento de candidatura dele, em 2010

    A den�ncia contra os ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho relata que o grupo tinha um "bra�o armado" para a realiza��o de cobran�as dos valores junto a empres�rios.

    O respons�vel pelas cobran�as eram, segundo as investiga��es, o policial civil aposentado Ant�nio Carlos Ribeiro da Silva, o Toninho.

    O empres�rio Andr� Luiz da Silva Rodrigues, que se tornou delator do esquema, relatou como o policial aposentado o amea�ou para entregar R$ 3 milh�es repassados pela JBS a uma de suas firmas.

    Garotinho e Rosinha foram presos nesta quarta-feira (22) sob acusa��o de crimes de corrup��o, concuss�o, participa��o em organiza��o criminosa e falsidade na presta��o de contas eleitorais. A den�ncia relata arrecada��o de caixa 2 junto a oito empresas, entre elas a JBS.

    Rodrigues relatou ao Minist�rio P�blico do Rio que uma de suas empresas, Ocean Link, firmou contrato fict�cio com a JBS de R$ 3 milh�es para o fornecimento de software.

    O dep�sito havia sido acertado com o empres�rio Ney Flores, dono da Macro Engenharia, ap�s uma reuni�o em que Garotinho reuniu donos de fornecedoras da Prefeitura do Campos para cobrar contribui��o para sua campanha ao governo, em 2014.

    O empres�rio foi alertado de que o dep�sito fora efetuado por Toninho, que ligou para sua casa o aguardando em frente da resid�ncia. O policial o chamou para descer e ir at� o banco.

    Em depoimento, ele disse que "quando adentrou o carro de Toninho, ele tinha uma pistola no banco do carona e uma entre as pernas".

    O policial determinou que fosse sacado todo o valor depositado, mas o empres�rio se recusou. Saques acima de R$ 100 mil deveriam ser avisados com anteced�ncia ao banco.

    O empres�rio, ent�o, passou a realizar saques por conta pr�pria, entregando os valores a Toninho. Ele relatou que sa�a do banco em alta velocidade temendo ser assaltado.

    Numa oportunidade, afirmou Rodrigues, "Toninho chegou a ligar dizendo que o declarante estava correndo muito com o carro, dando a entender que estava seguindo o declarante".

    JBS

    A doa��o via caixa dois da JBS foi acertada com o presidente nacional do PR, Ant�nio Carlos Rodrigues, segundo o executivo da empresa Ricardo Saud. De acordo com o MP, a empresa repassaria R$ 20 milh�es ao partido para que a sigla apoiasse a reelei��o da presidente Dilma Rousseff naquele ano.

    Garotinho, candidato ao governo, n�o foi inicialmente contemplado pelos recursos. Ap�s se queixar com o presidente do PR, conseguiu R$ 3 milh�es da JBS.

    O respons�vel por operacionalizar o repasse foi Fabiano Alonso, genro do presidente do PR, segundo a investiga��o.

    OUTRO LADO

    Garotinho afirmou, em nota, que "atribui a opera��o de hoje a mais um cap�tulo da persegui��o que vem sofrendo desde que denunciou o esquema do governo Cabral na Assembleia Legislativa e as irregularidades praticadas pelo desembargador Luiz Zveiter".

    "Cabe frisar que essa a opera��o � qual Garotinho e Rosinha respondem n�o tem rela��o alguma com a Lava Jato", diz a nota.

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