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    opera��o zelotes

    Advogado e procurador da Rep�blica do caso Zelotes batem boca

    RUBENS VALENTE
    DE BRAS�LIA

    17/02/2016 13h16 Erramos: esse conte�do foi alterado

    O procurador da Rep�blica que atua na Opera��o Zelotes, Frederico Paiva, e o advogado do lobista Alexandre Paes dos Santos, Marcelo Leal, bateram boca durante o intervalo de audi�ncia de tomada de depoimentos de testemunhas que ocorre nesta quarta-feira (17) na 10� Vara Federal de Bras�lia.

    Leal n�o gostou de ter visto o procurador conversando com uma pessoa no corredor da 10� Vara e foi indag�-lo se era uma das testemunhas que seriam ouvidas pelo juiz do caso, Vallisney de Souza Oliveira, o que, no entender do advogado, seria indevido. O procurador disse que n�o, mas reagiu � abordagem do advogado.

    "O senhor passou do limite, o senhor passa dos limites", repetiu o procurador, em tom �spero. "S� que eu, como advogado, tenho o dever de defender meu cliente", argumentou Leal.

    "O senhor se mantenha nos seus limites", retrucou Paiva. "� uma amea�a isso?", indagou o advogado. "N�o � uma amea�a, � um conselho", respondeu o procurador.

    No retorno da audi�ncia para a continuidade do depoimento de uma das testemunhas, o procurador da Rep�blica pediu ao juiz Oliveira para que fosse feita uma observa��o ao advogado a fim de manter "a urbanidade".

    O juiz pediu que o respeito entre as partes fosse preservado na audi�ncia. Leal alegou ter acreditado que a pessoa abordada por Paiva no corredor fosse uma testemunha. "Eu perguntei se ela era uma testemunha, porque se fosse testemunha, estaria sendo violado o sigilo das comunica��es. E eu tenho o dever de zelar pelo processo. Eu, como advogado, luto por cada cent�metro do direito do meu cliente", afirmou Leal.

    Paiva disse que nunca abordou o advogado por v�-lo conversando com outra pessoa nos corredores. Ao dizer que tamb�m n�o abordou o cliente de Leal, Alexandre Paes dos Santos, o procurador fez uma observa��o que arrancou gargalhadas dos outros advogados: "Ele [Santos] que olhou para mim com uma cara esquisita".

    Por fim, o procurador lamentou: "Eu caio nessas provoca��es e me sinto culpado".

    Durante a audi�ncia, o advogado Roberto Podval protestou contra sinais corporais do procurador que, no entender do defensor, estavam induzindo respostas da testemunha que estava sendo ouvida, Patr�cia Pullen Parente, servidora da Corregedoria do Minist�rio da Fazenda, em Bras�lia.

    Paiva negou ter feito orienta��es e repetiu: "Prometi n�o cair em nenhuma provoca��o e vou tentar cumprir essa promessa".

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