Com a campanha mais cara deste ano, a presidente Dilma Rousseff (PT) recebeu mais de um ter�o de toda a sua arrecada��o �s v�speras dos dias de vota��o, quando as pesquisas do Datafolha e do Ibope indicavam perda de for�a dos principais candidatos de oposi��o.
De uma receita final de R$ 319 milh�es, R$ 135 milh�es chegaram � conta da petista nas semanas anteriores ao primeiro e ao segundo turno, o que representa 42% do total.
A conclus�o � de levantamento da Folha com base nas presta��es de contas fornecidas pelas campanhas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Os n�meros ajudam a entender como a varia��o nas pesquisas de inten��o de voto tem impacto no volume e no ritmo de doa��es recebidas pelas campanhas presidenciais.
A an�lise mostra ainda que os principais candidatos de oposi��o, A�cio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB), chegaram a superar o ritmo de arrecada��o da petista quando os levantamentos mostraram que eles tinham chance de vit�ria sobre a presidente.
A entrada de Marina na disputa eleitoral em substitui��o a Eduardo Campos (PSB), morto em agosto, por exemplo, causou a primeira queda significativa no volume de doa��es para a campanha petista.
Com o cen�rio de empate t�cnico entre Dilma e Marina, no in�cio de setembro, as doa��es para a presidente ficaram abaixo do ritmo registrado pelos candidatos de oposi��o.
Entre 31 de agosto e 6 de setembro, A�cio e Marina receberam juntos R$ 29 milh�es, contra R$ 16,3 milh�es que foram depositados na conta eleitoral da petista.
O fen�meno se repetiu no in�cio do segundo turno, quando o tucano despontou numericamente � frente de Dilma no Datafolha. A primeira pesquisa desta fase mostrou A�cio com 46% dos votos, contra 44% da petista.
Nas duas primeiras semanas ap�s o primeiro turno, A�cio teve sua maior dianteira no ritmo de arrecada��o: R$ 40,5 milh�es para ele contra R$ 12 milh�es para Dilma.
S� no segundo turno as doa��es recebidas por A�cio superaram R$ 70 milh�es, 35% das receitas de toda a sua campanha, patamar que Dilma j� havia atingido cerca de dois meses antes.
Apesar da lei permitir doa��es a partir do in�cio de julho, o gr�fico mostra que elas come�aram a abastecer de fato as campanhas s� em agosto. No in�cio, a arrecada��o do PSB, ainda com Eduardo Campos como candidato, chegou a superar a do PSDB, o que n�o ocorreu em nenhum momento com Marina.
A substitui��o do cabe�a de chapa do PSB paralisou o fluxo de arrecada��es da campanha. A sigla teve de registrar uma nova conta banc�ria para o recebimento de doa��es, o que interrompeu a arrecada��o por cerca de duas semanas.
Editoria de Arte/Folhapress | ||