Carolyn Kaster - 29.abr.2017/Associated Press | ||
Steve Bannon durante evento na Pensilv�nia em abril |
-
-
Mundo
Wednesday, 03-Jul-2024 23:44:15 -03Trump demite estrategista-chefe ligado a supremacistas, Steve Bannon
ISABEL FLECK
DE WASHINGTON18/08/2017 14h41
O controverso estrategista-chefe de Donald Trump, Steve Bannon, se tornou, nesta sexta (18) o oitavo nome da equipe mais pr�xima do presidente a cair em sete meses de governo -e o quarto s� nos �ltimos 30 dias.
Bannon, ligado ao movimento "alt-right" -com o qual se identificam nacionalistas brancos, grupos homof�bicos e anti-imigrantes-, havia se tornado uma presen�a ainda mais inc�moda na Casa Branca depois da marcha de grupos racistas e neonazistas em Charlottesville, na Virg�nia, que terminou com uma morte no �ltimo s�bado (12).
No in�cio da noite, o site de not�cias "alt-right" Breitbart anunciou que Bannon voltar� como seu presidente-executivo.
Em comunicado, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, apenas disse que Bannon e o novo chefe de gabinete de Trump, o general John Kelly, "acordaram que hoje (sexta) seria o �ltimo dia" do estrategista no posto. "Agradecemos o seu servi�o e lhe desejamos o melhor", completou.
Segundo um funcion�rio ouvido pelo "New York Times", apesar de a situa��o de Bannon ter se complicado ap�s a viol�ncia em Charlottesville, Trump j� pensava em demiti-lo desde a sa�da do chefe de gabinete anterior, Reince Priebus, h� tr�s semanas.
Os conservadores Priebus e Bannon eram bastante alinhados e batiam de frente com a ala mais "democrata" da Ala Oeste, representada pelo principal conselheiro econ�mico de Trump, Gary Cohn (ex-Goldman Sachs), pela vice-conselheira de Seguran�a Nacional para Estrat�gia, Dina Powell, e por Ivanka, filha do presidente, e seu marido, Jared Kushner, ambos assessores de Trump.
Entre os temas de maior diverg�ncia estavam o com�rcio, impostos, imigra��o e a guerra no Afeganist�o.
Em uma pol�mica e rara entrevista dada pelo estrategista-chefe � revista liberal "The American Prospect", publicada na �ltima quinta (17), Bannon zombou de seus inimigos dentro do governo dizendo que eles estavam "se mijando" de medo de mudar radicalmente a pol�tica comercial.
Ele ainda foi contra declara��es anteriores de Trump, dizendo "n�o haver solu��o militar" com a Coreia do Norte. "At� que algu�m resolva a parte da equa��o que mostra que 10 milh�es de pessoas morrer�o em Seul nos primeiros 30 minutos pelo uso de armas convencionais, eu n�o sei do que est�o falando, n�o h� solu��o militar aqui. Eles nos pegaram", disse Bannon.
Para muitos dentro do governo, n�o havia como o estrategista se sustentar no posto depois da entrevista.
Na incendi�ria entrevista coletiva dada por Trump na �ltima ter�a (15), na qual o presidente voltou a afirmar que os dois grupos -racistas e antirracistas- que se enfrentaram em Charlottesville tinham culpa, ele tamb�m sugeriu que Bannon estaria com os dias contados.
"Vamos ver o que acontece com o Bannon", disse Trump ao ser questionado se ele ficaria no cargo.
A indica��o de Bannon para o posto de alta confian�a na Casa Branca havia sido o principal aceno feito por Trump para o "alt-right" ap�s sua elei��o, em novembro, e o presidente nunca escondeu sua afinidade de pensamento com o assessor.
Trump, no entanto, se incomodava com a imagem de que era Bannon o "c�rebro" por tr�s de suas decis�es. No programa humor�stico Saturday Night Live, ele representado como a Morte, que comandava um presidente idiota.
Com a sa�da de Bannon, a equipe mais pr�xima de Trump tem, neste momento, pelo menos dois grandes desfalques, junto com o posto de diretor de comunica��o, ainda vago desde que Anthony Scaramucci saiu ap�s dez dias no governo.
Fale com a Reda��o - leitor@grupofolha.com.br
Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.brPublicidade -