O Minist�rio P�blico Federal no Distrito Federal recebeu nesta ter�a-feira (31) relat�rio da Pol�cia Federal que indicia o presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, e outras nove pessoas no �mbito da Opera��o Zelotes, que investiga a venda de senten�as do Carf (conselho administrativo de recursos fiscais).

A Folha apurou que os investigadores do Minist�rio P�blico ainda v�o avaliar se pedem novas dilig�ncias para complementar o trabalho da Pol�cia Federal e, s� depois, decidir�o se apresentam den�ncia � Justi�a a partir do relat�rio da PF.

O indiciamento da PF aponta os crimes de corrup��o passiva, corrup��o ativa, tr�fico de influ�ncia, organiza��o criminosa e lavagem de dinheiro.

Ap�s a divulga��o da not�cia, as a��es do banco chegaram a cair 5%.

Al�m de Trabuco, a PF indiciou outros dois executivos do Bradesco: um dos diretores vice-presidentes, Domingos Figueiredo de Abreu, e o diretor gerente e de rela��es com investidores Luiz Carlos Angelotti. Os demais indiciados seriam ligados ao Carf e ao escrit�rio de consultoria.

A Zelotes suspeita que o banco tenha negociado a contrata��o de servi�os de um escrit�rio que atuava para corromper conselheiros do Carf e livrar ou atenuar multas no �rg�o.

OUTRO LADO

Em nota, o Bradesco diz que o indiciamento "toma de surpresa" a administra��o do banco, "considerando que os dois diretores foram ouvidos apenas como testemunhas e o presidente da companhia sequer foi ouvido".

Dois de seus diretores prestaram depoimentos � PF em S�o Paulo. Eles esclareceram que foram procurados por escrit�rio de assessoria tribut�ria, que se ofereceu para advogar uma quest�o fiscal junto ao Carf, mas que "desses contatos n�o se efetivou qualquer proposta, contrata��o ou pagamento", diz o comunicado.

O Bradesco acrescenta que foi derrotado por 6 votos a 0 no julgamento do Carf e que o processo est� submetido � Justi�a.

A companhia esclarece ainda que Trabuco n�o participou de qualquer reuni�o com o grupo citado. "O m�rito do julgamento se refere a a��o vencida pelo Bradesco em todas as inst�ncias da Justi�a, em questionamento � cobran�a de adicional de PIS/Cofins. Esta a��o foi objeto de recurso pela Procuradoria da Fazenda no �mbito do Carf."

O banco ir� apresentar seus argumentos juridicamente por meio do seu corpo de advogados.