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    Pagamento de propina pode chegar a R$ 50 mil por carga

    DE S�O PAULO

    03/03/2015 10h53

    A corrup��o � um dos principais fatores que contribuem para o alto �ndice de produtos contrabandeados no pa�s, de acordo com estudo realizado pelo Idesf (Instituto de Desenvolvimento Econ�mico e Social de Fronteiras), antecipado para a Folha e que est� sendo apresentado na manh� desta ter�a-feira (3).

    O pagamento de propina pode chegar a R$ 50 mil, afirma a pesquisa, que mostra que a corrup��o para libera��o de cargas ilegais ocorre em v�rios n�veis operacionais e � dividida em quatro momentos.

    O primeiro momento ocorre pr�ximo � barranca do Rio Paran� e �s margens do Lago de Itaipu, em Foz do Igua�u. Nesse ponto, diz o estudo, o contrabandista paga cerca de R$ 100 ao dia por agente p�blico para que fique indiferente � ilegalidade.

    O segundo momento � quando o ente p�blico faz um acordo com o contrabandista para o acompanhamento da carga at� o limite da sua jurisdi��o. Isso evita que a carga seja apreendida nos postos de fiscaliza��o e, para isso, o contrabandista paga entre R$ 1.000 e R$ 1.500, afirma o estudo.

    J� o terceiro momento, diz o estudo, ocorre nos postos de fiscaliza��o, caso o ve�culo utilizado para transportar a carga seja parado. Nesse caso, pode ocorrer ou n�o um acordo pr�vio, e o valor do repasse gira entre R$ 3.000 e R$ 10.000.

    Por fim, o quarto momento ocorre quando o ente p�blico forja a apreens�o, afirma o estudo, tendo como objetivo proporcionar ao contrabandista a oportunidade de negocia��o para a libera��o da carga. O valor pago de propina para a libera��o da mercadoria nesse momento varia entre R$ 15 mil e R$ 50 mil, podendo chegar a 50% do valor da carga, que normalmente � pago com a pr�pria mercadoria.

    A Receita Federal e a Pol�cia Federal foram procuradas pela reportagem, mas n�o responderam at� o momento.

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