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    Apag�o atinge consumidores de quatro regi�es do pa�s

    DE BRAS�LIA
    DO RIO
    DE S�O PAULO

    04/02/2014 15h25

    Uma falha no sistema el�trico interrompeu parte da transmiss�o de energia entre o Norte e o Sudeste do pa�s na tarde desta ter�a-feira (4), causando falhas no abastecimento de cidades e afetando entre 5 e 6 milh�es de pessoas, segundo a ONS.

    Em coletiva de imprensa convocada ap�s o apag�o, o secret�rio-executivo do Minist�rio de Minas e Energia, M�rcio Zimmermann, disse que o problema n�o foi causado por sobrecarga no sistema. Zimmermann n�o disse o que teria motivado a falha.

    "N�o tem nada a ver com estresse do sistema", afirmou. Segundo ele, cerca de 8% das regi�es Sul e Sudeste foram afetadas.

    Na avalia��o do presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energ�tica), Maur�cio Tolmasquim, o sistema "funcionou como deveria", uma vez que "evitou que todo o Sudeste apagasse".

    "Conseguiram evitar um efeito domin�, de apagar uma regi�o inteira", afirmou.

    De acordo com o governo, todos os demais detalhes sobre o caso est�o sendo investigados pelo ONS (Operador Nacional do Sistema), que ficar� respons�vel por divulg�-los.

    Mais cedo, o ONS informou, por meio de nota, que o problema foi corrigido, mas que algumas das �reas afetadas ainda estavam sendo religadas.

    A "perturba��o" no sistema, conforme apontou o operador, ocorreu na linha de transmiss�o de energia, entre 14h03 e 14h41. A liga��o interrompida est� entre Colinas (TO) e Serra da Mesa (GO), interrompendo o fluxo de 5 mil MW.

    O ONS n�o informou que tipo de problema ocorreu, se de ordem f�sica (incidente com a rede), ou ainda se o epis�dio est� relacionado ao fato de a demanda estar atingindo n�veis hist�ricos, em per�odo de estiagem nos reservat�rios.

    O incidente ocorre quase 24 horas depois de o ONS ter registrado recorde de demanda instant�nea de energia, no Sistema Integrado Nacional, de 84.331 MW, �s 15h32 desta segunda-feira, e no subsistema Sudeste-Centro Oeste, de 50.854 MW, um minuto depois.

    A causa dos picos de consumo, segundo o operador, s�o as elevadas temperaturas registradas em todo o pa�s.

    S�O PAULO E RIO

    A Eletropaulo, que atende a capital paulista, al�m de munic�pios da regi�o metropolitana de S�o Paulo, informou que 1,2 milh�o de unidades consumidoras foram afetadas no Estado.

    A companhia disse que o fornecimento foi afetado nos bairros de Cap�o Redondo, Pedreira, Cidade Ademar, Mooca, S�o Mateus, Vila Prudente, Itaquera, Vila Mariana, Guaianases e Vila Matilde.

    Tamb�m ficaram sem energia clientes nos munic�pios de Cotia, Vargem Grande Paulista, Embu das Artes e Diadema.

    Ainda segundo a Eletropaulo, o fornecimento j� foi normalizado.

    Tamb�m houve queda de energia em cidades atendidas pela CPFL, no interior do Estado.

    A companhia afirma que o abastecimento j� foi normalizado �s 14h58 em Americana, Campinas, Piracicaba, Louveira, Jundia�, Praia Grande, Santos, Ita�, S�o Roque, Hortol�ndia, Bagua�u, Birigui, Monte Azul Paulista, Gua�ra, Sorocaba, Porto Feliz, S�o Bento do Turvo, Santa Cruz do Rio Pardo, Jaguari�na, Pedreira e S�o Jos� do Rio Pardo.

    No Rio de Janeiro, cerca de 600 mil unidades consumidoras foram prejudicadas pelo desligamento de 17 subesta��es de energia. O desligamento foi feito por determina��o do ONS.

    A Light informou que o fornecimento de energia el�trica foi normalizado �s 16h24, com o religamento das subesta��es que tinham sido desligadas �s 14h03.

    A decis�o, segundo o ONS, teve como objetivo evitar a propaga��o dos danos causados pela "perturba��o" no sistema. O fornecimento de energia foi interrompido em bairros da Zona Norte e Zona Oeste, na capital fluminense, al�m de �reas da Baixada.

    MINAS GERAIS

    O apag�o deixou sem energia el�trica cerca de 230 mil consumidores, de um total de 7,5 milh�es, segundo a Cemig. Foram atingidos 63 munic�pios, entre eles parte de Belo Horizonte e cidades do leste, oeste, sul e Tri�ngulo Mineiro. O apag�o se estendeu por no m�ximo 56 minutos.

    PARAN�

    No Paran�, o desligamento atingiu parcialmente 61 munic�pios em diferentes pontos do Estado. Segundo a Copel (Companhia Paranaense de Energia), o desligamento atingiu 548 mil consumidores —cerca de 13% do total de atendidos. O fornecimento foi completamente restabelecido �s 15h38, informou.

    SANTA CATARINA

    A Celesc (Centrais El�tricas de Santa Catarina) informou que o desligamento afetou cerca de 315 mil unidades consumidoras em diferentes pontos do Estado -o que corresponde a cerca de 13% do total de unidades atendidas pela empresa.

    Segundo a Celesc, por motivos de seguran�a, foram desligados cerca de 520 MW no Estado. O sistema come�ou a ser restabelecido a partir das 14h52. �s 15h36, o ONS autorizou o restabelecimento do restante.

    RIO GRANDE DO SUL

    No RS, tr�s concession�rias respondem pela maior parte da distribui��o de energia no Estado.

    Segundo a concession�ria RGE, a ocorr�ncia gerou o corte de 10% da carga, afetando dez subesta��es e dez cidades do Estado. Ao todo, 90 mil clientes foram afetados.

    A empresa CEEE informou que foram atingidos parcialmente 11 munic�pios de sua �rea de concess�o. S�o eles: Alvorada, Bag�, Cangu�u, Dom Pedrito, Gua�ba, Mostardas, Pelotas, Porto Alegre, Santo Ant�nio da Patrulha e Viam�o. Ao todo, 140 mil clientes foram afetados. O servi�o foi normalizado por volta das 16 horas, informa.

    J� a concession�ria AES Sul disse que foram desligados 96 MW em cinco subesta��es que atendem cinco cidades: Ven�ncio Aires, Alegrete, Itaqui, Uruguaiana e S�o Borja.

    TOCANTINS

    Em nota, a Celtins informou que houve falta de energia nas regi�es central, sul e sudeste do Tocantins. O problema ocorreu das 13h03 �s 13h07 (hor�rio local), segundo a empresa, e atingiu 362 unidades consumidoras em 95 munic�pios.

    MATO GROSSO DO SUL

    No Estado, 84.748 mil im�veis foram afetados com o apag�o. A falta de energia, que durou uma hora e meia, envolveu parte da capital, Campo Grande, e mais seis cidades, a maioria da regi�o oeste.

    Segundo a Enersul, a orienta��o do ONS foi a de reduzir a carga el�trica principalmente em pontos de maior consumo de energia, como ind�strias e shoppings.

    MATO GROSSO

    A interrup��o de energia em Mato Grosso afetou 111 mil im�veis. Foram atingidos moradores de Cuiab� e mais seis cidades. O apag�o durou aproximadamente uma hora e meia.

    GOI�S

    Segundo o leitor da Folha Renato Campos, o apag�o afetou a cidade de Itumbiara, no Estado de Goi�s.

    "A energia acabou por volta das 15 horas na ind�stria em que trabalho, parando as m�quinas e deixando quase 800 funcion�rios sem ter o que fazer", conta. Campos conta que o fornecimento foi restabelecido 40 minutos depois.

    A Celg, respons�vel pela distribui��o de energia em Goi�s, informou que ainda contabilizava quantas cidades tiveram interrup��o de energia.

    ESP�RITO SANTO

    No Estado, sete cidades da regi�o noroeste tiveram o fornecimento de energia interrompido na tarde desta ter�a-feira. Foram prejudicados 110 mil im�veis. A capital, Vit�ria, e a regi�o metropolitana n�o registraram apag�es, segundo a EDP, concession�ria de energia el�trica.

    DESABASTECIMENTO

    Para explicar a situa��o, o Minist�rio de Minas e Energia convocou uma coletiva de imprensa �s 17 horas desta ter�a-feira (4).

    O ministro Edison Lob�o n�o confirmou presen�a. Devem explicar o caso o secret�rio executivo do Minist�rio, M�rcio Zimmermann, e o presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energ�tica), Maur�cio Tolmasquim.

    Nesta segunda-feira (3), em evento no Pal�cio do Planalto, o ministro chegou a afirmar que o baixo n�vel dos reservat�rios das usinas hidrel�tricas no pa�s n�o representava "nenhum risco de desabastecimento".

    Estimativas da EPE indicam que os reservat�rios no Sudeste enfrentam a pior situa��o desde 1953.

    Por causa da necessidade de uso de termel�tricas para atender a demanda (usinas que funcionam com a queima de carv�o e �leo combust�vel, por exemplo) o governo j� estuda fazer novos desembolsos do Tesouro, que a partir do ano que vem podem recair sobre a tarifa do consumidor.

    A mesma f�rmula foi usada ano passado para cobrir os gastos tamb�m com uso das usinas t�rmicas.

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