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    Lava Jato

    Advogado de Nuzman critica 'espet�culo' e nega irregularidades

    RODRIGO MATTOS
    DO UOL, NO RIO

    05/09/2017 11h00 - Atualizado �s 12h57

    Ricardo Moraes/Reuters
    Brazilian Olympic Committee (COB) President Carlos Arthur Nuzman (C) arrives to Federal Police headquarters in Rio de Janeiro, Brazil September 5, 2017. REUTERS/Ricardo Moraes
    Carlos Arthur Nuzman chega � sede da Pol�cia Federal no Rio para depoimento nesta ter�a-feira (5)

    Horas ap�s a Pol�cia Federal cumprir mandado de busca e apreens�o na casa de Carlos Arthur Nuzman, nesta ter�a-feira (5), Sergio Mazzillo, advogado do presidente do Comit� Ol�mpico Brasileiro, afirmou que o dirigente � inocente da acusa��o de compra de votos na escolha do Rio de Janeiro como sede da Olimp�ada de 2016. Ele ainda classificou a opera��o, batizada de Unfair Play, como "espet�culo midi�tico".

    "� dif�cil dizer qualquer coisa porque n�o tivemos acesso ao processo. Desde j�, afirmo que ele n�o cometeu nenhuma irregularidade. Infelizmente, j� se criou esse espet�culo midi�tico", disse Mazzillo.

    Em sua peti��o para realizar a opera��o, a procuradoria afirma que "h� fortes ind�cios de que Carlos Arthur Nuzman teve participa��o direta nos atos de compra de votos para membros do COI na escolha da sede dos Jogos Ol�mpicos de 2016 e no repasse da vantagem indevida (propina) destinada a S�rgio Cabral e em enviada diretamente a Papa Massata Diack, por meio de Arthur Soares".

    Questionado pelos rep�rteres presentes no local sobre os ind�cios de compra de votos, o advogado voltou a afirmar que Nuzman � inocente.

    "N�o existem fortes ind�cios. Ele n�o fez nada. Est� tranquilo e sereno", declarou.

    Opera��o Unfair Play
    Pol�cia Federal investiga compra de votos para escolha do Rio como sede ol�mpica

    Mazzillo ainda informou que n�o se trata de condu��o coercitiva. Nuzman foi intimado para depor sobre a opera��o. O presidente do COB teve de entregar seu passaporte para as autoridades respons�veis durante a opera��o.

    Suspeito de intermediar a compra de votos de integrantes africanos do Comit� Ol�mpico Internacional para a escolha do Rio de Janeiro, Nuzman vai depor ainda nesta ter�a-feira na sede da Pol�cia Federal.

    A investiga��o tamb�m tem como alvo o empres�rio Arthur C�sar de Menezes Soares, conhecido como "Rei Arthur", investigado por fazer parte do suposto esquema de corrup��o na escolha do Rio como sede ol�mpica. As autoridades cumprem mandados de pris�o preventiva para ele e sua s�cia Eliane Cavalcante.

    BRASIL E FRAN�A

    A opera��o resultou no mandado de busca e apreens�o na resid�ncia de Carlos Arthur Nuzman, nesta ter�a-feira (5), come�ou em dezembro de 2015, na Fran�a. O presidente do COB e ex-presidente do Comit� Local da Olimp�ada � investigado de participar de esquema de compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede da Olimp�ada de 2016.

    A a��o da Pol�cia Federal brasileira contou com a colabora��o do Minist�rio P�blico franc�s. Inicialmente, os procuradores franceses apuravam caso de doping no atletismo. Com o desdobramento da investiga��o, a Promotoria da Fran�a descobriu exist�ncia de um esquema de compra de votos na Olimp�adas do Rio.

    A Justi�a francesa acionou a Pol�cia Federal brasileira para coopera��o na investiga��o.

    O alvo incial do Minist�rio P�blico franc�s era Papa Diack, filho de Lamine Diack, ex-presidente da Federa��o Internacional de Atletismo (IAAF). A fam�lia Diack encobriu durante anos esquema de doping envolvendo atletas russos.

    Por conta da investiga��o sobre o doping dos atletas da R�ssia, a Promotoria da Fran�a seguiu os passos de Papa Diack. Os procuradores descobriram outros esquemas envolvendo a fam�lia Diack, entre os quais o elo com Nuzman e Arthur Cesar de Menezes.

    A revela��o do caso foi feita na �poca pelo jornal "Le Monde".

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