Acaba de ser aprovada pela FDA (ag�ncia regulat�ria americana) uma nova forma de terapia que altera geneticamente c�lulas do organismo, novamente com o intuito de combater o c�ncer.

Desta vez alguns pacientes com linfomas do tipo n�o Hodgkin poder�o ser beneficiados. O �ltimo tratamento aprovado do tipo � direcionado para pacientes com leucemia linfoide aguda (LLA).

A terapia consiste em uma esp�cie de recauchutagem de c�lulas de defesa do organismo, que tem de ser removidas da circula��o em um procedimento chamado leucoforese, transformadas -ou seja, h� altera��o do material gen�tico delas-, e reinseridas no paciente.

Essas c�lulas turbinadas tem uma capacidade bastante aumentada de combater as c�lulas cancerosas. O problema � que, por causa do procedimento, o paciente pode acabar morrendo por infec��es que normalmente seriam ef�meras.

Segundo estimativas do Inca (Instituto Nacional do C�ncer), s�o detectados pouco mais de 10.000 casos de linfomas n�o Hodgkin no Brasil todos os anos.

A sobrevida em dez anos pode chegar a 36% nos casos de maior gravidade, segundo estat�sticas americanas, e a mais de 70% nos casos de melhor progn�stico.

A nova terapia, Yescarta, da Kite Pharma, foi aprovada para casos graves de linfoma n�o Hodgkin em que duas tentativas de quimioterapia tenham falhado.

"A aprova��o traz essa nova classe de terapias com c�lulas CAR-T [com receptor antig�nico quim�rico] para um grupo adicional de pacientes com c�ncer que tinham poucas op��es e que n�o respondiam a tratamentos anteriores", disse em comunicado Peter Marks, diretor do Centro de Avalia��o Biol�gica e Pesquisa da FDA.

N�o h� previs�o da chegada da nova terapia no Brasil e o pre�o nos EUA ser� de US$ 373 mil (cerca de R$1,2 milh�o). A terapia similar da Novartis para LLA custar� nos EUA US$ 475 mil.

O estudo de efic�cia e seguran�a do Yescarta foi conduzido em v�rios centros de pesquisas e com mais de 100 adultos com linfomas de c�lulas B grandes que estavam em um estado refrat�rio ou reincidente. A taxa de remiss�o foi calculada em 51%.

	Editoria de arte/Folhapress