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    OMS diz que epidemia de tuberculose � mais grave do que se esperava

    DA FRANCE PRESSE

    14/10/2016 08h33

    NIAID
    Imagem de microscopia eletr�nica mostra a bact�ria _Mycobacterium tuberculosis_, que provoca tuberculose
    Imagem de microscopia eletr�nica mostra bact�ria Mycobacterium tuberculosis, que provoca tuberculose

    Com 10,4 milh�es de contaminados em 2015, a epidemia de tuberculose � mais grave do que se pensava at� agora, segundo relat�rio anual da OMS (Organiza��o Mundial da Sa�de), publicado nesta quinta-feira (13). A entidade diz ainda que as pesquisas para encontrar uma vacina ou outros tratamentos "carece de fundos suficientes".

    A cifra supera amplamente a do relat�rio anterior, no qual havia 9,6 milh�es de infectados em todo o mundo. "A luta para alcan�ar nossos objetivos mundiais no combate � tuberculose � cada vez mais dif�cil", afirmou a diretora da organiza��o, Margaret Chan.

    "Teremos que aumentar substancialmente nossos esfor�os sob o risco de ver pa�ses continuamente castigados por esta epidemia mortal e n�o alcan�ar nossos objetivos", ressaltou.

    A meta � reduzir o n�mero absoluto de mortes por tuberculose em 35% e de cont�gios em 20% at� 2020 com rela��o aos n�meros de 2015. O objetivo para 2030 � diminuir em 90% a quantidade de mortos por tuberculose e em 80% os infectados. Segundo a OMS, 1,8 milh�o de pessoas morreram v�timas desta doen�a em 2015 –300 mil a mais do que no ano anterior.

    A tuberculose � provocada por uma bact�ria, o bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis), que na maioria dos casos se aloja nos pulm�es, destruindo o �rg�o gradativamente. Dois em cada cinco infectados n�o foram diagnosticados, e por isso podem espalhar a doen�a, transmitida por via a�rea. Al�m disso, meio milh�o de pessoas t�m formas de tuberculose resistentes aos antibi�ticos, segundo a organiza��o.

    Para a ONG M�dicos sem Fronteiras, este relat�rio "� um chamado de aten��o para mudar o status quo na forma de diagnosticar e tratar a tuberculose e suas formas resistentes".

    �NDIA SUBESTIMADA

    As cifras sobre as dimens�es da epidemia foram revistas para cima essencialmente porque os pesquisadores se deram conta de que as estimativas da �ndia, entre 2000 e 2015, eram muito baixas. Seis pa�ses representam 60% dos novos casos: �ndia, Indon�sia, China, Nig�ria, Paquist�o e �frica do Sul.

    Habitualmente vinculada � pobreza e a condi��es insalubres, a tuberculose continua sendo uma das principais doen�as mortais do mundo, embora em um per�odo de 15 anos, o n�mero de mortes tenha ca�do 22%. No entanto, para alcan�ar os objetivos estabelecidos pela comunidade internacional, as infec��es teriam que diminuir entre 4% e 5% por ano, tr�s vezes mais r�pido do que diminuem atualmente.

    FALTA DE RECURSOS

    A escassez de recursos tamb�m � um problema cr�nico no combate � doen�a. Entre 2005 e 2014, os fundos dispon�veis alcan�aram apenas 700 milh�es de d�lares por ano. S�o necess�rios US$ 2 bilh�es para a pesquisa e o desenvolvimento de tratamentos antituberculosos, segundo o informe.

    � necess�rio "incrementar o investimento agora ou simplesmente n�o conseguiremos erradicar uma das doen�as mais antigas e mais mortais do mundo", disse Ariel Pablos-Mendez, um dos encarregados da ag�ncia americana para o desenvolvimento internacional, a Usaid (ag�ncia americana para o desenvolvimento internacional).

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