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    Luiza Brunet acusa ex-companheiro de agress�o em Nova York

    DE S�O PAULO

    01/07/2016 14h37

    A atriz e ex-modelo Luiza Brunet, 54, afirmou ter sido agredida em Nova York pelo ex-companheiro L�rio Albino Parisotto, 62, com quem estava junto havia cinco anos. Ap�s a atriz prestar queixa no Minist�rio P�blico de S�o Paulo, a Justi�a decretou medidas de prote��o.

    Parisotto est� impedido de se aproximar de Luiza e de manter contato com ela por qualquer meio, segundo a assessoria do MP-SP.

    De acordo com o relato da atriz ao jornal "O Globo", o caso aconteceu no dia 21 de maio, em um apartamento em que estavam, quando Parisotto deu um soco no olho da atriz, al�m de chutes. Depois, ele a derrubou do sof� e a imobilizou at� quebrar quatro costelas dela.

    Luiza Brunet
    Agress�o teria ocorrido em NY (EUA)

    Procurada pela Folha, a assessoria de imprensa de Luiza Brunet confirmou as acusa��es da atriz e disse que ela n�o quer se manifestar novamente.

    Segundo o relato da pr�pria atriz, para conseguir escapar, ela amea�ou gritar pelo concierge. Luiza, ent�o, se trancou no quarto at� garantir que o companheiro n�o estava mais no local. Ficou l� at� o dia seguinte, foi direto para o aeroporto e voltou ao Brasil.

    No dia 25 de maio, Luiza publicou uma foto em seu Instagram com a legenda: "A maquiagem forte esconde o hematoma da alma". Duas semanas depois ela postou uma nova foto, desta vez o de uma mulher com hematomas no rosto, com a legenda: "Esta � a cl�ssica foto sofrida por muitas mulheres no Brasil. N�o tenha medo de fazer den�ncia 180", em refer�ncia ao telefone do servi�o de atendimento � mulher do governo federal.

    Luiza apresentou queixa ao Grupo de Atua��o Especial de Enfrentamento � Viol�ncia Dom�stica (GEVID), do MP-SP. O Promotor de Justi�a Carlos Bruno Gaya da Costa requisitou a realiza��o de exames de corpo de delito e instaurou uma investiga��o criminal, segundo a assessoria do MP-SP. O caso corre em sigilo.

    Por meio de nota, Parisotto afirmou que a vers�o divulgada era "distorcida".

    "Neste momento, venho a p�blico lamentar que vers�es distorcidas sobre um epis�dio ocorrido na intimidade estejam sendo divulgadas como �nica express�o da verdade. Embora compreenda a natural repercuss�o do caso pelas pessoas envolvidas, tenho a convic��o de que no momento e nas esferas legais apropriadas todas as circunst�ncias ser�o plenamente esclarecidas", disse.

    Em sua conta no Instagram, ele diz:

    "Nunca na vida agredi homem, muito menos mulher que respeito muito, quem me conhece sabe. Isto n�o me tira o direito de me defender de tentativas de agress�o atrav�s de tapas, chutes, mordidas, unhadas etc. Tento me defender atrav�s da imobiliza��o. Se o caso for para a justi�a ser� l� que ser� esclarecida a verdade. Muita paz as pessoas do Bem. Por fim este � um canal de comunica��o com pessoas de que aceitei me seguirem. Agrade�o a compreens�o. � a vida segue"

    DISCUSS�O

    Ainda segundo "O Globo", a discuss�o come�ou em um restaurante no qual os dois estavam com amigos. Parisotto teria se exaltado quando questionado se iria a uma exposi��o de fotos e disse que n�o, porque da �ltima vez foi confundido com o ex-marido de Luiza.

    A atriz afirmou que "� doloroso aos 54 ter que se expor dessa maneira" e disse ter criado coragem por causa da situa��o das mulheres no Brasil.

    Luiza Brunet est� no ar em "Velho Chico", novela das 21h da Globo, como Mad�.

    Karime Xavier/Folhapress
    Lirio Parisotto, o bilion�rio ga�cho que assumiu o controle da Usiminas, brinca com o s�mbolo da gravadora RCAVictor
    O bilion�rio ga�cho Lirio Parisotto

    DIREITO

    O advogado George Niaradi, presidente da Comiss�o de Rela��es Internacionais da OAB-SP, afirma que a atriz deveria ter procurado as autoridades nos EUA para denunciar o fato, ocorrido em territ�rio americano.

    "No direito penal, existe um principio que � a territorialidade. Se ela fizesse a den�ncia nos EUA, o agressor seria detido e n�o poderia voltar ao Brasil", diz.

    O advogado afirma ainda que o fato n�o poderia ser julgado de forma isolada no Brasil. "O caso espec�fico n�o pode ser investigado pela legisla��o brasileira, mas serve como uma evid�ncia em uma investiga��o", aponta.

    J� o advogado Thiago Bottino, professor de Direito Penal da FGV Rio, discorda. Ele diz que a regra � processar o crime no local onde ele ocorre, mas o C�digo Penal brasileiro prev� a possibilidade de investigar aqui um ato cometido fora do pa�s.

    "H� algumas condi��es: o crime tem que ter sido praticado por brasileiro, e a pessoa precisa ter voltado para o Brasil. O ato tamb�m precisa ser crime no outro pa�s, entre outras quest�es", afirma.

    Segundo Bottino, a pena pode chegar at� tr�s anos de pris�o. Caso seja comprovada les�o grave, a pena pode aumentar, ultrapassando seis anos de deten��o.

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