A rep�rter Cl�udia Collucci, da Folha, conta hoje a hist�ria de um menino chamado Mikael, de 9 anos, que era debochado pelos colegas na escola - e, diariamente, se sentia humilhado.

A hist�ria mostra como o Brasil est� cego para um problema t�o grave. E t�o simples de resolver.

Ele era debochado porque n�o conseguia ler. A humilha��o era maior quando, chamado � lousa, ficava inerte. Achavam que ela tinha problemas mentais.

Isso, �bvio, deixa marcas para o resto da vida. At� porque Mikael � um s�rio candidato a repetir o ano. N�o conseguia consulta na rede p�blica.

A solu��o, por�m, veio em poucos minutos. Ele conseguiu ser atendido num projeto de m�dicos volunt�rios, chamado Horas da Vida - m�dicos doam algumas horas por m�s.

O garoto saiu de l� enxergando. O candidato a uma vida marginal agora candidata-se a ser um trabalhador produtivo.
O problema mental n�o � dele. Mas nosso.

Insisto aqui que uma enorme idiotice e cegueira brasileira � n�o oferecer tratamento m�dico nas escolas, onde h� milh�es ( n�o exagero, milh�es) de garotas e garotas como Mikael, com problemas simples de sa�de e que afetam dramaticamente a aprendizagem.

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Ali�s, se voc� for m�dico e quiser doar uma hora por m�s e mudar o destino de garotos como Mikael, clique aqui

	Danilo Verpa/Folhapress
	Mikael Henrique alvez, 9, tem miopia e ganhou �culos no projeto Horas da Vida