Nem o papa Francisco escapou da vis�o crescentemente cr�tica sobre como nossos governantes usam dinheiro p�blico.

Afinal, sua viagem ao pa�s ser� bancada, em parte, com os impostos dos brasileiros. N�o vou comentar aqui se � correto ou n�o. Mas h� aqui uma boa not�cia - boa n�o, �tima.

�tima porque o pa�s est� cada vez mais transparente, mostrando como o brasileiro est� mais atento � gest�o da coisa p�blica.

Isso est� obrigando, por exemplo, o governo a abrir informa��o sobre quem usa jatinhos da FAB. Entrou na mira Joaquim Barbosa, presidente do STF, tido como basti�o da moralidade no Brasil, por causa de sua atua��o no caso do mensal�o. Ele tamb�m usa avi�es da FAB - e tem de dar explica��es.

Ou questionar quanto custa uma tropa de choque da PM garantir a festa de casamento da neta de um empresa de �nibus no Rio.

O BNDES � obrigado a explicar (ou tentar) sua ajuda ao empres�rio Eike Batista.

A prefeitura de S�o Paulo decidiu colocar na internet o que gasta por dia com recursos para as empresas de �nibus, aparentemente decidida a deixar claro quais os custos embutidos nas tarifas.

Nessa onda de busca de transpar�ncia, se o governo acena com a obrigatoriedade dos estudantes de medicina em trabalhar na rede p�blica, aparecem fundadas an�lises sobre como o problema � mais profundo, mostrando as mazelas de gest�o.

Fala-se muito em aumentar as verbas para a educa��o. Mas se n�o melhorar a gest�o, mais verbas significam mais desperd�cios.

Est� a� o grande salto de maturidade da cidade brasileira, por tr�s da vis�o cr�tica sobre o papa ou o presidente do STF: aprender cada vez mais como os governos desperdi�am dinheiro, investigando os complexos sistemas de gest�o.

Gastos de jatinhos podem parecer insignificantes diante de tantos bilh�es. Mas servem como pedagogia da cidadania para um aprendizado mais profundo. Como sempre digo aqui: em termos financeiros, corrup��o � um mal menor quando comparada ao desperd�cio.

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