Pais devem tratar perigos da web como os da pra�a da S�, diz Rosely Say�o
Voc� deixaria seu filho sozinho e sem orienta��o em um lugar p�blico cheio de gente? Quando se trata da internet, os pais devem ter a mesma preocupa��o, e n�o deix�-los livres para gerenciar seus perfis nas redes sociais.
A orienta��o � de Rosely Say�o, psic�loga e colunista da Folha. Para ela, largar a crian�a na internet sem supervis�o � como "deix�-la sozinho na pra�a da S�".
N�o basta s� controlar, � preciso tutelar os filhos sobre o uso da rede, explica ela, que participou da edi��o ao vivo do "TV Folha", nesta segunda-feira (26), com Rodrigo Nejm, diretor de educa��o da ONG Safernet.
O tema da conversa foi o ass�dio sexual a crian�as, tema que gerou revolta na semana passada, depois de serem publicadas na rede mensagens de teor sexual sobre uma participante de 12 anos do programa "MasterChef J�nior", da Band
Os textos, com frases como "se tiver consenso � pedofilia?", fomentaram o in�cio da companha #PrimeiroAss�dio, iniciada pela ONG Think Olga, em que mulheres que relataram epis�dios de abusos na inf�ncia (mais de 79,7 mil mensagens foram publicadas sobre o tema at� esta segunda-feira (26).
"Tem pessoas que se comportam na internet como se fosse uma mesa de bar, mas tudo que escrevemos e publicamos na web fica registrado digitalmente", diz Nejm.
Inclusive, quem compartilha mensagens de teor sexual sobre crian�as e adolescentes nas redes sociais –e n�o apenas quem as publica– pode estar cometendo crime.
A Safernet recebe maior quantidade de den�ncias de pornografia infantil com o uso de meninas, principalmente pr�-adolescentes (em torno dos 9 a 11 anos de idade). Mas Nejm diz n�o ser desprez�vel a propor��o de meninos v�timas de abuso e nem o conte�do de viol�ncia contra beb�s.
No caso da pornografia infantil, as imagens usadas s�o provenientes de duas fontes principais: registros de abusos sexuais que aconteceram "na vida real" e s�o vendidos internacionalmente por meio da "deepweb" (internet profunda) e o conte�do produzido pelos pr�prios pr�-adolescentes, que � apropriado pelos criminosos.
H� ainda um terceiro tipo de fonte, explica ele, que se d� quando o criminoso consegue convencer a crian�a pela internet a ligar sua webcam ou mandar fotos –hoje, o aliciamento ocorre tamb�m por meio de games.
"N�o tenha pressa de seu filho acessar a internet, ela n�o vai sumir", completa Rosely. Ela orienta os pais a respeitarem o limite de 13 anos de idade imposto pelas redes e n�o ajudarem os filhos a burlarem o sistema.
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