Bolsa cai 1% com pesquisa eleitoral e quebra sequ�ncia de ganhos semanais
O principal �ndice da Bolsa brasileira fechou esta sexta-feira (20) em queda de 1,02%, a 54.638 pontos, com investidores repercutindo o resultado de pesquisa sobre a elei��o de outubro mostrando grande vantagem da presidente Dilma Rousseff (PT) na corrida pelo Planalto.
Com isso, o Ibovespa acumulou perda de 0,31% na semana, que foi mais curta devido ao feriado de Corpus Christi e ao jogo da sele��o brasileira contra o M�xico pela Copa do Mundo. O �ndice interrompeu uma sequ�ncia de duas altas semanais.
Divulgada ontem, a pesquisa CNI/Ibope mostrou que, apesar da queda de cinco pontos percentuais na popularidade, Dilma tem 39% das inten��es de voto para a Presid�ncia da Rep�blica. O senador A�cio Neves (PSDB), que foi oficializado candidato no �ltimo s�bado (14), aparece em segundo lugar com 21%. O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) tem 10%.
"A lideran�a da Dilma preocupa porque o mercado teme que, com uma reelei��o, o governo continue a usar as empresas estatais como instrumento pol�tico", diz Julio Hegedus, economista-chefe da consultoria Lopes Filho. Os pap�is das empresas p�blicas na Bolsa ca�ram nesta sexta-feira.
As a��es preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras cederam 1,58%, enquanto o Banco do Brasil teve perda de 0,97%. J� os pap�is preferenciais e ordin�rios (com direito a voto) da Eletrobras mostraram desvaloriza��es de 2,76% e 5,60%, respectivamente.
"Os investidores tamb�m aproveitaram o dia para vender a��es e embolsar lucros ap�s a alta de mais de 1% registrada pelo Ibovespa na quarta-feira", diz Jo�o Pedro Br�gger, analista da consultoria Leme Investimentos. "As tens�es no exterior que colocam em xeque os pre�os das commodities, como a situa��o do Iraque, colaboraram para o cen�rio adverso", acrescenta.
Segundo analistas, a expectativa pela elei��o no Brasil se sobrep�s ao risco de calote declarado pela Argentina na �ltima quarta. A avalia��o � que o problema argentino, por ora, n�o tem for�a para influenciar negativamente as opera��es na BM&FBovespa, especialmente porque o pa�s j� vem sendo exclu�do pela comunidade financeira internacional desde o grande calote de 2001.
Os credores americanos est�o dispostos a negociar com o governo argentino para tentar evitar o calote parcial da d�vida no final do m�s. A presidente Cristina Kirchner afirmou hoje que o pa�s tentar� negociar para pagar o d�bito.
"A Argentina � um importante parceiro comercial do Brasil e uma piora em seu quadro financeiro pode prejudicar nossa balan�a comercial, especialmente se ela ficar mais protecionista em rela��o ao setor automotivo. Mas, agora, o foco permanece na elei��o de outubro", diz Hegedus.
C�MBIO
O clima de avers�o ao risco entre os investidores e o fraco volume de neg�cios na volta do feriado colaboraram para que o d�lar ganhasse for�a em rela��o ao real nesta sexta-feira.
Depois de ter ultrapassado os R$ 2,24 ao longo do dia, a moeda americana � vista, refer�ncia no mercado financeiro, fechou com ligeiro ganho de 0,13%, para R$ 2,237 na venda. Na semana, houve alta de 0,35%. J� o d�lar comercial, usado no com�rcio exterior, avan�ou 0,04% tanto no dia quanto na semana, a R$ 2,231.
O Banco Central deu continuidade ao seu programa de interven��es di�rias no c�mbio, atrav�s do leil�o de 4 mil contratos de swap (opera��o que equivale a uma venda futura de d�lares), por um total de US$ 198,6 milh�es.
A autoridade tamb�m promoveu outro leil�o para rolar 10 mil contratos de swap que venceriam em 1� de julho. O BC j� rolou, at� o momento, cerca de 60% dos contratos de swap com prazo para o primeiro dia do pr�ximo m�s.
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Atualizado em 01/08/2024 | Fonte: CMA | ||
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