F�brica vendeu 100 bueiros com escudo do Corinthians para o Itaquer�o

Calor acima dos 40 �C, caldeir�es incandescentes e vultos chamuscados que v�m e v�o. Se os bueiros escondem as profundezas da cidade, o "inferno" est� onde eles s�o produzidos.

Assim brincam os oper�rios deste galp�o escuro de 6.000 m� (tamanho de 37 quadras de v�lei). Aqui, o ferro � derretido em fornos que ultrapassam 1500 �C. Em baldes, o metal l�quido � levado a grandes formas, onde se transforma nas bolachas com as quais cruzamos todos os dias.

Na zona rural de Itapira, a 173 quil�metros da capital paulista, a Fuminas produz 10 mil desses tamp�es todos os meses. Al�m de prestadores de servi�os p�blicos, como Sabesp e Comg�s, seus principais clientes s�o empreendimentos privados --condom�nios, fazendas e at� est�dios.

Como o Itaquer�o, futura casa do Corinthians, que encomendou cem tampas com o escudo do time.

"Incr�vel mesmo foi um cliente que gostou e pediu duas [a R$ 400 cada] para enfeitar a parede de casa", diz Bruno Abramo, 35, diretor financeiro.

Com 60 cm de di�metro e 40 quilos, os tamp�es decorativos j� podem ser chamados de "tend�ncia".

"Sempre pedem emprestado para o cen�rio de ensaios de moda. Tamb�m usam como enfeite. Aquele restaurante japon�s, o Nakombi, p�s uma tampa com a logomarca no meio do sal�o", diz Bruno Martini, pai do outro Bruno.

S�cio de um neg�cio cujo faturamento mensal (na casa dos milh�es) dobrou em cinco anos, Bruno pai n�o frequentou nenhuma faculdade.

Quem deu in�cio � empresa foi sua m�e, que vendia panelas de ferro fundido no interior de Minas Gerais. O neg�cio deu certo e eles montaram uma f�brica. Ap�s 10 anos, mudaram-se para S�o Paulo, "onde est� o dinheiro".

O sonho dos Brunos � espalhar tamp�es decorativos com os pontos tur�sticos da capital. "N�o ia ter custo adicional para o governo. Imagina bueiro com o Masp, o Municipal, o Monumento �s Bandeiras. Seria um presente para a cidade", diz o fundidor/fundador.

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