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Interior

Em Sorocaba, moradores trocam casas por condom�nios verticais

Raquel Cunha/Folhapress
Apartamento de 140 m� do empreendimento Saint Tropez
Apartamento de 140 m� do empreendimento Saint Tropez

Sorocaba viveu uma intensa verticaliza��o nas �ltimas d�cadas. Crescimento demogr�fico � parte, os edif�cios atendem a uma tend�ncia de busca por mais seguran�a e localiza��o privilegiada, que vem estimulando moradores a trocarem casa e quintal por apartamento e varanda.

A cidade, que hoje abriga cerca de 645 mil moradores, segundo o IBGE, assistiu ao lan�amento, entre 2009 e 2014, de 137 edif�cios residenciais, totalizando mais de 16 mil unidades, de acordo com pesquisa da imobili�ria Brasil Brokers.

Segundo levantamento da consultoria Geoimovel, pelo menos 62 pr�dios foram lan�ados nos �ltimos cinco anos em Sorocaba. Nestes, cerca de 3.000 apartamentos ainda est�o � venda.

Raquel Cunha/Folhapress
Apartamento de 175 m� no edif�cio Saint Tropez, da construtora Planeta, em Sorocaba
Apartamento de 175 m� no edif�cio Saint Tropez, da construtora Planeta, em Sorocaba

MOVIMENTO FORTE

"Os condom�nios de casas est�o ficando cada vez mais distantes, e os apartamentos se tornam uma possibilidade interessante para quem vai muito ao centro da cidade", afirma o coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Uniso (Universidade de Sorocaba), Luiz Nunes.

Embora n�o se possa falar em uma migra��o generalizada, "esse movimento � cada vez mais forte, pois al�m da quest�o da mobilidade, pesa a maior sensa��o de seguran�a em edif�cios", completa Nunes.

Esse � um dos motivos que levou o contador Luciano Rodrigues, 41, a trocar a casa onde mora, na vizinha Votorantim, pelo im�vel rec�m entregue do Ra�zes Campolim, na zona sul de Sorocaba.

"Vou perder o jardim e o espa�o maior da casa, mas vou ficar menos vulner�vel e morar em uma regi�o mais completa", diz.

O bairro do Campolim, ali�s, � o mais nobre e desejado da cidade. Ali est�o mais de 60% dos empreendimentos lan�ados pela construtora Planeta, especializada em im�veis de m�dio e alto padr�o, desde 2003.

O diretor da empresa, Ricardo Jacinto, diz que menos tempo no tr�nsito e menos gastos com manuten��o e empregados tamb�m favorecem esse movimento.

Raquel Cunha/Folhapress
Sal�o de festas do edif�cio Ra�zes Campolim, no bairro do Campolim, em Sorocaba
Sal�o de festas do edif�cio Ra�zes Campolim, no bairro do Campolim, em Sorocaba

FORASTEIROS

Apesar dessa tend�ncia, Jacinto lembra que grande parte dos compradores dos empreendimentos da Planeta continua sendo composta por pessoas de outras cidades: "50% � de fora, dos quais 80% v�m de S�o Paulo".

Muitos deles continuam trabalhando na capital, que fica a cerca de 98 quil�metros de dist�ncia, mas optam por viver em Sorocaba, onde o metro quadrado � de pouco mais de R$ 4 mil, contra mais de R$ 7 mil em S�o Paulo.

Outros procuram cidade em busca de mais qualidade de vida. Por exemplo: o consultor Dagner Andr� Gl�ria, 31, que decidiu mudar toda sua rotina para viver em Sorocaba, ap�s oito anos morando na capital.

"N�o sinto falta de nada. A �nica coisa que estranho � o ritmo mais lento das coisas. Mas isso � um problema do imediatismo exagerado de S�o Paulo", afirma.

A verticaliza��o acelerada, no entanto, preocupa alguns. Em projeto de Plano Diretor enviado � C�mara em 2014, o prefeito Antonio Carlos Pannunzio (PSDB) sugeriu limitar a altura dos edif�cios em seis andares "para evitar o adensamento abusivo de algumas regi�es".

O Poder Legislativo, por�m, rejeitou a medida. E Sorocaba continuar� subindo.

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