Publicidade
02/11/2014 - 02h00

Trabalhar a dist�ncia e sem supervis�o traz liberdade, mas exige disciplina

BRUNO BENEVIDES
DE S�O PAULO

Durante quatro meses, o executivo Luiz Antonio Sacco foi um n�made em S�o Paulo, trabalhando de restaurantes, de caf�s e at� do sof� da pr�pria casa

Escolhido para montar o escrit�rio da SafetyPay –empresa americana de pagamento virtual– em S�o Paulo, ele foi o �nico funcion�rio da companhia no pa�s durante o per�odo, no ano passado. "Eu tive que me desdobrar, era de secret�rio a presidente", afirma.

Gustavo Epifanio/Folhapress
Luiz Antonio Sacco, diretor-geral da SafetyPay no Brasil
Luiz Antonio Sacco, diretor-geral da SafetyPay no Brasil

Entre as atividades, teve que contratar uma equipe, montar o escrit�rio e manter contato com funcion�rios, parceiros e clientes. Como n�o tinha sede, marcava as reuni�es no hor�rio do almo�o ou do caf� da manh�, em restaurantes. �s vezes, trabalhava em um Starbucks.

Ele mantinha uma rotina clara, com hor�rios separados para responder aos principais e-mails, falar com a sede e fazer as entrevistas.

Executivos que atuam de forma aut�noma, sem supervis�o, ou que trabalham de casa (em "home office") precisam ter disciplina para organizar a rotina e administrar o tempo dispon�vel.

"A autodisciplina nesse caso tem de existir com propriedade", afirma Roselene Rouhe, professora de administra��o e recursos humanos do Senac de S�o Paulo.

"A pessoa precisa ter tamb�m confian�a em suas habilidades e autonomia para tomada de decis�o", diz ela.

Para Guy Cliquet, professor do Insper, � importante tra�ar um planejamento, pois isso garante mais liberdade.

"As pessoas acham que n�o ter uma rotina d� mais liberdade, mas na verdade elas acabam sem tempo porque est�o sempre atrasadas, correndo atr�s de alguma coisa."

Ele afirma que o executivo precisa conseguir priorizar o que � mais importante e recomenda relat�rios para atualizar os envolvidos no projeto.

Sacco remetia a seus chefes nos Estados Unidos um e-mail semanal com um resumo de suas atividades. "Ele tinha no m�ximo uma p�gina, nada muito grande", diz. "Se precisava falar mais, marc�vamos um Skype para alinhar tudo", explica.

PRESS�O

Rouhe, do Senac, considera que um profissional que trabalha sozinho acaba sendo mais pressionado na hora de entregar resultados.

Segundo Rouhe, ele precisa "saber lidar bem com o inesperado e trabalhar sob press�o e em condi��es adversas". Tamb�m � importante que ele saiba assumir as responsabilidades.

Entre as atividades de Sacco estava inclusive cuidar da obra do escrit�rio da empresa. "Eu tinha um arquiteto, para quem eu delegava isso, mas passava na obra quase todo dia para ver como estava indo."

 

Publicidade

 

Publicidade

 

Publicidade

 

Publicidade
Publicidade

Publicidade


Pixel tag