Venda de imóveis novos quebra marca histórica mais uma vez, segundo indicador ABRAINC-Fipe

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A venda de unidades residenciais novas atingiu recorde nos 12 meses encerrados em março deste ano, de acordo com o indicador ABRAINC-Fipe, elaborado com dados de 20 empresas pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.

Foram vendidos 177.350 imóveis novos, crescimento de 43,1% sobre os 12 meses anteriores. O volume supera a marca atingida em dezembro de 2023, quando o acumulado de 12 meses foi de 163,1 mil unidades, até então o recorde da série histórica do indicador, iniciada em 2014.

Em valor de vendas, o aumento foi de 47,4%, com R$ 54,3 bilhões movimentados.

Em número de unidades, foi o segmento do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) que puxou o resultado. Houve um incremento de 56,4% nas unidades econômicas vendidas, que somaram 128.023. O setor de médio e alto padrão vendeu 44.953 unidades no mesmo período, alta de 15,2%.

Como o preço das unidades de médio e alto padrão é mais elevado, a diferença no valor vendido entre os segmentos foi menor: no MCMV, as vendas somaram R$ 28,9 bilhões, alta de 66,4%, enquanto no médio e alto padrão foram R$ 23,3 bilhões, alta de 27%.

Os lançamentos do MCMV cresceram 27,3% em volume de unidades (101.942), e o valor lançado subiu 43,6%, para R$ 23,5 bilhões.

Já no médio e alto padrão houve queda no volume lançado, de 17%, para 26.779 unidades. Em valor, os lançamentos cresceram 18,5%, para R$ 19,6 bilhões.

Primeiro trimestre.

No período de janeiro a março deste ano, a venda de imóveis novos cresceu 43,9% no país, em número de unidades, e o valor lançado subiu 71,1%. A comparação é com o primeiro trimestre de 2023. As vendas também subiram, mas em ritmo menor, com alta de 35,1% no volume comercializado e de 47,9% no valor vendido.

O setor de média e alta renda teve forte incremento nos lançamentos, com alta de 145,7% no volume lançado e de 151,4% no valor dos lançamentos. As vendas cresceram, respectivamente, 20,5% e 45,6%.

Ajuda no crédito

Em nota, o presidente da Abrainc, Luiz França, afirmou que “a oferta de financiamento para a classe média precisa ser ampliada para acompanhar o crescimento do mercado imobiliário”. Para ele, “o declínio dos recursos de poupança está tornando o crédito mais caro e menos acessível”, e seria necessário aumentar a oferta de crédito, por meio da liberação de recursos do compulsório bancário sobre depósitos de poupança. O setor defende a liberação de 5% do compulsório, hoje em 20%.

Nos 12 meses encerrados em abril deste ano, o dado mais recente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o volume de financiamentos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) caiu 15,6%, para R$ 150,1 bilhões. Em unidades financiadas, a queda foi ainda maior, de 29,8%, para 470,2 mil.

França defendeu ainda a necessidade de se avançar com o programa Acredita, para “estimular a securitização de créditos, permitindo a reciclagem das carteiras bancárias e a emissão de financiamentos pelas incorporadoras”, com o apoio da Empresa Gestora de Ativos (Emgea).

 

Fonte: Valor Econômico

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