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Revista oficial da Associa��o Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI
Revista oficial da Sociedad Latinoamericana de Alergia, Asma e Inmunolog�a SLaai

Brazilian Journal of Allergy and Immunology (BJAI)

Janeiro-Mar�o 2024 - Volume 8  - Número 1

Vol. 8 - N� 1


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Editorial

1 - Anafilaxia: um problema de todos n�s!

Anaphylaxis: it's everyone's problem

Dirceu Sol�; F�bio Chigres Kuschnir

Arq Asma Alerg Imunol 2024;8(1): 1-2

DOI: 10.5935/2526-5393.20230067

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ARTIGO ESPECIAL

2 - Desafios e propostas para a assist�ncia aos pacientes com doen�as imunoal�rgicas no Sistema �nico de Sa�de brasileiro - Carta de Macei�

Challenges and proposals for the care of patients with immune and allergic diseases within the Brazilian Unified Health System: The Macei� Charter

Faradiba Sarquis Serpa; Joseane Chiabai; Luane Marques de Mello; Eduardo Costa Silva; Eliane Miranda da Silva; Jos� Luiz Magalh�es Rios; Marilyn Urrutia-Pereira; Marta de F�tima Rodrigues da Cunha Guidacci; Norma de Paula M. Rubini; Phelipe dos Santos Souza; Yara Arruda Marques Mello; Fabio Chigres Kuschnir

Arq Asma Alerg Imunol 2024;8(1): 3-9

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20230068

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A Carta de Macei� foi elaborada com base nas discuss�es do 3� F�rum SUS da Associa��o Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). O documento destaca os desafios e propostas para aprimorar a assist�ncia a pacientes com doen�as imunoal�rgicas no Sistema �nico de Sa�de (SUS) do Brasil. Tais condi��es, frequentemente cr�nicas e debilitantes, afetam milh�es de brasileiros e exigem uma abordagem integrada, desde a aten��o prim�ria � sa�de at� a aten��o especializada. Foram discutidos a necessidade de aprimorar a gest�o de refer�ncia e contrarrefer�ncia, a urg�ncia na supera��o da car�ncia de especialistas e o desafio representado pelo limitado acesso tanto a diagn�stico quanto a tratamento adequados. As doen�as raras, incluindo os erros inatos da imunidade (EII), apresentam um desafio adicional, exigindo acesso a tecnologias de alto custo para diagn�stico e tratamento e cuidado multidisciplinar. Do f�rum emergiram propostas como o financiamento adequado da sa�de, o fortalecimento do diagn�stico precoce, a gest�o integrada de cuidados, a educa��o continuada dos profissionais de sa�de e a implementa��o de telemedicina. Essas a��es visam um sistema de sa�de mais inclusivo, eficiente e humanizado, atendendo �s necessidades dos pacientes com doen�as imunoal�rgicas.

Descritores: Alergia e imunologia, Sistema �nico de Sa�de, pol�tica de sa�de, doen�as raras.

Artigos de Revis�o

3 - Cuidando do ambiente - Log�stica reversa e dispositivos inalat�rios

Caring for the environment: reverse logistics and inhalation devices

Raphael Coelho Figueredo; Marilyn Urrutia-Pereira; Dirceu Sol�

Arq Asma Alerg Imunol 2024;8(1): 10-13

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20230070

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A asma � uma das doen�as cr�nicas mais prevalentes e representa um problema de sa�de p�blica global que afeta mais de 300 milh�es de pessoas em todo o mundo, com um aumento adicional estimado de 100 milh�es at� 2025. A asma � uma doen�a t�pica de origem ambiental com exposi��o a infe��es, al�rgenos, poluentes e outros fatores estressores implicados na sua patog�nese. O impacto ambiental causado pelos dispositivos inalat�rios � cada vez mais importante, e pouco abordado ou valorizado. At� 88% dos profissionais de sa�de n�o t�m conhecimento que os dispositivos de aerossol dosimetrado cont�m g�s propelente que afeta a camada de oz�nio e causa aquecimento global. S�o necess�rias estrat�gias alternativas de tratamento se quisermos evitar a piora das altera��es clim�ticas. Portanto, diante desse cen�rio existem oportunidades de ouro para tornar o tratamento da asma mais eficaz, moderno, seguro e ecol�gico.

Descritores: Asma, inaladores dosimetrados, meio ambiente.

4 - Manejo dos eventos adversos do dupilumabe na dermatite at�pica e no prurigo nodular

Management of the adverse effects of dupilumab in atopic dermatitis and prurigo nodularis

Mara Giavina-Bianchi

Arq Asma Alerg Imunol 2024;8(1): 14-20

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20230071

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A dermatite at�pica (DA) e o prurigo nodular (PN) s�o doen�as inflamat�rias da pele que cursam com les�es variadas, como eczemas, p�pulas e n�dulos, acompanhados de intenso prurido e, nos casos graves, de importante preju�zo da qualidade de vida para os pacientes e seus familiares. O dupilumabe est� aprovado no Brasil para o manejo das duas condi��es: DA moderada/grave e PN que n�o responde aos tratamentos t�picos. A efic�cia e seguran�a do dupilumabe foram amplamente estabelecidas para ambas as condi��es em ensaios cl�nicos e estudos de vida real. Este artigo tem como objetivo revisar os principais eventos adversos (EAD) associados ao uso do dupilumabe em DA e PN, e auxiliar no seu manejo. Desde o in�cio do uso da medica��o, h� alguns anos, os principais EAD reportados foram: a rea��o no local da inje��o, a doen�a da superf�cie ocular (conjuntivite n�o infecciosa, blefarite, olhos secos), a eosinofilia e o eritema de face/pesco�o. Outras manifesta��es tamb�m foram observadas em pacientes com DA em uso de dupilumabe, mas sem associa��o comprovada: psor�ase, artralgia e alopecia areata. Apesar de muito infrequentemente levarem � suspens�o do dupilumabe, � fundamental que os m�dicos prescritores deste medicamento para estas condi��es, dermatologistas e imunoalergistas, saibam detectar e manejar seus poss�veis eventos adversos.

Descritores: Dermatite at�pica, prurigo nodular, dupilumabe, eventos adversos, manejo.

5 - Rea��es al�rgicas a ferroadas de insetos da classe Hymenoptera: uma revis�o de literatura

Allergic reactions to hymenopteran stings: a literature review

Lucas da Costa Lomeu; Laryssa Damasceno Daniel; Renata Pinto Ribeiro Miranda; Jo�o Paulo de Assis

Arq Asma Alerg Imunol 2024;8(1): 21-29

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20230072

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Insetos como abelhas, vespas e formigas da ordem Hymenoptera podem causar rea��es al�rgicas graves e at� fatais. Esses insetos possuem venenos com componentes alerg�nicos e os injetam por meio de suas ferroadas, que podem causar rea��es locais e sist�micas. O objetivo deste artigo � realizar uma revis�o sistem�tica de literatura sobre as rea��es al�rgicas �s ferroadas de insetos da ordem Hymenoptera, com o intuito de analisar os mecanismos imunol�gicos envolvidos, as manifesta��es cl�nicas, os fatores de risco, os m�todos de diagn�stico, as estrat�gias de preven��o e as op��es terap�uticas dispon�veis. Trata-se ent�o de revis�o sistem�tica de literatura realizada em agosto de 2023. O processo envolveu seis etapas. Os artigos foram obtidos pela busca em bases de dados, utilizando descritores em Ci�ncias da Sa�de relacionados ao tema. Foram identificados inicialmente 50 artigos, no entanto, apenas 10 deles atenderam aos crit�rios de inclus�o. Para detec��o das rea��es incluem-se testes cut�neos com venenos de Hymenoptera e an�lise do soro para IgE espec�fica do veneno de Hymenoptera. Os fatores de risco que influenciam o resultado de uma rea��o anafil�tica incluem o intervalo de tempo entre as ferroadas, o n�mero de ferroadas, a gravidade da rea��o anterior e o tipo de inseto. Esta revis�o oferece uma vis�o abrangente das rea��es al�rgicas �s picadas de insetos Hymenoptera, contribuindo significativamente para o entendimento, diagn�stico e manejo dessas condi��es.

Descritores: Anafilaxia, insetos, venenos de abelha, venenos de formiga, venenos de vespas.

6 - S�ndrome da urtic�ria de contato - uma revis�o

Contact urticaria syndrome - a review

S�rgio Duarte Dortas Junior; Solange Oliveira Rodrigues Valle

Arq Asma Alerg Imunol 2024;8(1): 30-34

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20230073

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A s�ndrome da urtic�ria de contato (SUC), a urtic�ria de contato (UCO) e a dermatite de contato por prote�nas (DCP) s�o entidades descritas sob o r�tulo de rea��es cut�neas imediatas por contato. Geralmente as urticas surgem 20-30 minutos ap�s a exposi��o por contato com uma subst�ncia, e desaparecem por completo em algumas horas, sem deixar les�o residual.Entretanto, a SUC pode apresentar sintomas generalizados graves. Estima-se uma preval�ncia, entre trabalhadores europeus, entre 5-10%, enquanto na popula��o geral estima-se de que seja de 1-3%. Os mecanismos envolvidos na patog�nese da SUC n�o foram totalmente elucidados. Uma abordagem inicial, para melhorar a sua compreens�o, pode ser dividir esta condi��o em urtic�ria n�o imunol�gica (UCNI) e imunol�gica (UCI). A primeira n�o necessita de sensibiliza��o pr�via ao al�rgeno, enquanto a segunda necessita. O diagn�stico da SUC necessita de uma anamnese detalhada e exame f�sico seguido de teste cut�neo com as subst�ncias suspeitas. O afastamento do agente desencadeante � o melhor tratamento. Para isso � necess�rio o diagn�stico apropriado e precoce, a confec��o de relat�rios ocupacionais e o desenvolvimento de medidas preventivas.

Descritores: Urtic�ria cr�nica, urtic�ria cr�nica induzida, angioedema, dermatite, dermatite ocupacional.

Artigos Originais

7 - Epidemiologia da anafilaxia no Brasil: Registro Brasileiro de Anafilaxia (RBA) da Associa��o Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI)

Epidemiology of anaphylaxis in Brazil: The Brazilian Registry of Anaphylaxis (RBA) of the Brazilian Association of Allergy and Immunology (ASBAI)

Mara Morelo Rocha Felix; Dirceu Sol�; Herberto Jos� Chong-Neto; Ekaterini Sim�es Goudouris; Alexandra Sayuri Watanabe; Norma de Paula M. Rubini; Emanuel Sarinho; F�tima Rodrigues Fernandes; F�bio Chigres Kuschnir; Grupo Brasileiro de Interesse em Anafilaxia (GBIA)

Arq Asma Alerg Imunol 2024;8(1): 35-42

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20230074

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INTRODU��O: A anafilaxia � uma rea��o al�rgica multissist�mica grave, de in�cio agudo e potencialmente fatal. Poucos s�o os dados sobre sua epidemiologia no Brasil. O Registro Brasileiro de Anafilaxia da Associa��o Brasileira de Alergia e Imunologia (RBAASBAI) teve como objetivo ampliar o conhecimento sobre anafilaxia em indiv�duos brasileiros.
M�TODOS: Estudo observacional transversal com question�rio online sobre dados demogr�ficos, desencadeantes suspeitos, manifesta��es cl�nicas, atendimento durante a rea��o, investiga��o diagn�stica e aconselhamento ap�s a rea��o de pacientes que experimentaram uma rea��o anafil�tica.
RESULTADOS: Entre junho/2021 e abril/2023, foram inclu�dos 237 pacientes (131 femininos): 99 crian�as/adolescentes; 127 adultos e 11 idosos. Houve predom�nio de meninos entre crian�as/adolescentes (55,5%), e de mulheres entre os adultos (64,5%), e mediana de idade de 22 anos (< 1 a 77 anos). As manifesta��es cut�neas (92,8%) foram as mais frequentes, seguidas pelas respirat�rias (70,1%), gastrointestinais (52,3%), neurol�gicas (36,3%) e cardiovasculares (35,3%). Os principais desencadeantes foram: alimentos (43,0%), medicamentos (26,2%), himen�pteros (21,6%) e l�tex (2,5%); os alimentos entre crian�as (leite, ovo, amendoim/castanhas), e os f�rmacos (anti-inflamat�rios e antibi�ticos) entre os adultos. Quanto ao tratamento, 61,1% recebeu adrenalina (52,7% por profissional e 8,4% via autoinjetor de adrenalina -AIA). Uma adolescente (12 anos) faleceu ap�s picada de abelha. A maioria recebeu plano escrito de emerg�ncia (78,1%) e foi ensinada a usar o AIA (70%).
CONCLUS�O: Os alimentos foram os desencadeantes mais comuns entre crian�as/adolescentes, e os f�rmacos entre adultos brasileiros. A adrenalina continua sendo subutilizada, refor�ando a necessidade de maior dissemina��o do tratamento adequado da anafilaxia.

Descritores: Anafilaxia, hipersensibilidade alimentar, hipersensibilidade a drogas, hipersensibilidade a veneno, epinefrina.

8 - Influ�ncia da exposi��o ambiental na percep��o do estado de sa�de de indiv�duos de cinco pa�ses latino-americanos

Effect of environmental exposure on the perceived health status of individuals from five Latin American countries

Marilyn Urrutia-Pereira; Lucas Pitrez Mocelin; Herberto Jos� Chong-Neto; H�ctor Badellino; Veronica Riquelme Martinez; Paulo Oliveira Lima; Raphael Coelho Figueredo; Oscar Calde�n Llosa; Jos� Ignacio Larco Sousa; Marcela Soria; Adelmir de Souza Machado; Raquel de Carvalho Balda�ara; Doris Mora; Maria Suzana Repka Ramirez; Maria Isabel Rojo; Geraldo Lopez Perez; Veronica Acosta; Marylin Valentin Rostan; Patricia Latour; Dirceu Sol�

Arq Asma Alerg Imunol 2024;8(1): 43-53

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20230075

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OBJETIVO: A rela��o entre exposi��o ambiental e risco � sa�de � amplamente reconhecida e a avaliamos em cinco pa�ses da Am�rica Latina com condi��es culturais distintas, mas com �ndices de Desenvolvimento Humano semelhantes.
M�TODOS: Estudo transversal envolvendo 3.016 indiv�duos (18 a 75 anos) oriundos de: Argentina (n = 878), Brasil (n = 1.030), M�xico (n = 272), Paraguai (n = 508) e Peru (n = 328). A sele��o foi aleat�ria e todos responderam question�rio padronizado (fatores sociodemogr�ficos, fatores ambientais e h�bitos de vida) derivado do Clinical Screening Tool for Air Pollution Risk. Segundo o estado atual de sa�de, foram categorizados em: sa�de regular/m�/p�ssima ou excelente/boa. Tendo-a como desfecho, realizou-se an�lise multivariada.Os dados foram apresentados como raz�o de verossimilhan�a (RV) e intervalos de confian�a de 95% (IC 95%), tendo-se 5% o n�vel de signific�ncia.
RESULTADOS: Foram significantemente associados a pior percep��o de situa��o de sa�de: morar em qualquer um dos pa�ses, ter umidade na resid�ncia (OR = 1,68; IC 95%: 1,33-2,12), dirigir autom�vel com janelas abertas (OR = 1,31; IC 95%: 1,03-1,65), ter baixa renda familiar (OR = 1,59; IC 95%: 1,26-2,01), n�vel educacional incompleto (OR = 1,54; IC 95%: 1,22-1,94), hist�rico pessoal/familiar de hipertens�o arterial (OR = 2,25; IC 95%: 01,64-3,09), doen�a pulmonar obstrutiva cr�nica/asma (OR = 1,74; IC 95%: 1,28-2,36), diabete melito (OR = 3,74; IC 95%: 2,23-6,29), obesidade (OR = 1,84; IC 95%: 1,84-3,19) ou comorbidades oftalmol�gicas (OR = 1,89; IC 95%: 1,55-2,30); realizar exerc�cios ao ar livre (OR = 1,60; IC 95%: 1,31-1,96).
CONCLUS�ES: Apesar das diferentes exposi��es a que foram submetidos, alguns fatores permanecem muito significativos, e ter baixa renda familiar, expor-se � polui��o e ter antecedentes de doen�as cr�nicas foram associados � percep��o de condi��o ruim de sa�de.

Descritores: Polui��o ambiental, sa�de, doen�as cr�nicas n�o transmiss�veis, tabagismo, asma, doen�as cardiovasculares.

9 - Incid�ncia de anafilaxia relacionada �s vacinas do Programa Nacional de Imuniza��es

Incidence of vaccine-related anaphylaxis from Brazil's National Immunization Program

Debora Demenech Hernandes; Jorge Kalil; Carla Dinamerica Kobayashi; Ana Karolina Barreto Berselli Marinho

Arq Asma Alerg Imunol 2024;8(1): 54-64

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20230069

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A incid�ncia de anafilaxia p�s-vacinal � um evento de sa�de raro e carece de melhor detalhamento no Brasil. Neste estudo, objetivou-se descrever a incid�ncia de anafilaxia como evento supostamente atribu�do � vacina��o e imuniza��o (ESAVI) das vacinas do Programa Nacional de Imuniza��es (PNI).Foi realizado estudo retrospectivo com dados extra�dos do sistema de notifica��o de ESAVI do PNI entre 01/2021 e 05/2023 com aceita��o na Plataforma Brasil e aprova��o �tica. Foram identificados 84 casos encerrados com o descritor "anafilaxia" ou "choque anafil�tico" entre 290.101 eventos adversos notificados, concentrados principalmente nas regi�es Sul e Sudeste. Crian�as de 0 a 9 anos foram predominantemente afetadas, com maior incid�ncia em mulheres e indiv�duos brancos. A anafilaxia associou-se em n�meros absolutos principalmente �s vacinas COVID-19, destacando os fabricantes AstraZeneca/Fiocruz (vetor viral), Pfizer Comirnaty (RNAm) e CoronaVac (inativada), e a maior taxa de incid�ncia foi com a vacina antirr�bica (2,8 por milh�o de doses aplicadas). A incid�ncia global foi de 0,14/milh�o de doses aplicadas. Entre os desfechos n�o foi relatado �bito. A subnotifica��o de casos � relevante e sublinha a import�ncia de manter sistemas robustos de vigil�ncia e manejo de rea��es al�rgicas em programas de vacina��o. Este estudo segue tend�ncias mundiais da raridade da anafilaxia relacionada �s vacinas. Os dados refor�am a seguran�a das vacinas COVID-19 e demais vacinas existentes no PNI, independente da demografia analisada.

Descritores: Vacina��o, anafilaxia, programa de imuniza��o, hesita��o vacinal, hipersensibilidade imediata.

10 - An�lise do perfil cl�nico e epidemiol�gico das interna��es por asma no per�odo de 2020 a 2021 em um hospital do sul de Santa Catarina

Analysis of the clinical and epidemiological profile of hospitalizations due to asthma in the period 2020-2021 in a hospital in southern Santa Catarina, Brazil

Alice Assis Pacheco; Kelser de Souza Kock

Arq Asma Alerg Imunol 2024;8(1): 65-74

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20230076

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INTRODU��O: A asma br�nquica � uma doen�a cr�nica inflamat�ria de alta frequ�ncia mundialmente, e em especial no Brasil, onde ocorreram mais de 100.000 interna��es por ano, segundo dados do DATASUS. Identificar pacientes em admiss�o hospitalar que poder�o necessitar de leito em UTI ou uso de ventila��o mec�nica por conta de crises asm�ticas � um desafio ao profissional de sa�de, portanto, faz-se importante analisar vari�veis cl�nicas que possam predispor agravos e avaliar pacientes mais vulner�veis, para que as condutas realizadas sejam efetivas e r�pidas.
OBJETIVO: Analisar o perfil cl�nico e epidemiol�gico de pacientes internados em um hospital do sul do Brasil e avaliar os preditores relacionados ao maior tempo de interna��o.
M�TODOS: Estudo epidemiol�gico observacional, do tipo transversal, que utilizou como fonte de informa��o dados secund�rios, os quais foram obtidos atrav�s de prontu�rios de pacientes internados em um hospital do sul do Brasil.
RESULTADOS: Foram analisados 261 prontu�rios. Verificou-se que a popula��o menor de 40 anos de idade teve maior preval�ncia, representando 57% das interna��es. Al�m disso, em rela��o a g�nero e etnia, mulheres e caucasianos foram as popula��es com maiores taxas de hospitaliza��o, sendo 63% e 87% das admiss�es hospitalares, respectivamente.A necessidade de interna��o em UTI foi encontrada em 1,1% dos casos (3 pacientes), cerca de 6,9% tiveram interna��es prolongadas (maiores de 3 dias), e 0,8% vieram � �bito (2 pacientes). Identificou-se que a baixa satura��o de oxig�nio e a alta frequ�ncia card�aca tiveram rela��o significativa com interna��o prolongada.
CONCLUS�O: � importante analisar sinais vitais no momento das admiss�es hospitalares e o perfil epidemiol�gico dos pacientes para que as popula��es mais prevalentes e os fatores preditivos de desfechos mais graves possam ser acompanhados e a conduta a ser tomada seja adequada e efetiva.

Descritores: Asma, hospital dia, sinais vitais, progn�stico.

Comunica��es Cl�nicas e Experimentais

11 - Dermatite de contato al�rgica por flores: a import�ncia do teste de contato personalizado

Allergic contact dermatitis to flowers: the importance of personalized patch testing

Lucas Braga Leite; Juliana Emi Dias Ujihara; Fl�via Regina Ferreira; F�tima Maria de Oliveira Rabay; Elisangela Manfredini Andraus de Lima

Arq Asma Alerg Imunol 2024;8(1): 75-79

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20230077

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A dermatite de contato por plantas � um problema ocupacional muito comum. Flores e folhas s�o relatadas como causadoras de dermatite irritativa prim�ria, tanto qu�mica como mec�nica, dermatite de contato al�rgica e fitofotodermatites. Frente � variedade de plantas potenciais causadoras de dermatoses e o modo como foi conclu�do o diagn�stico, relatamos um caso de dermatite de contato al�rgica pelo g�nero Chrysanthemum em uma paciente florista que buscou seu diagn�stico por mais de 10 anos. Fragmentos das p�talas e folhas de manuseio mais frequente pela paciente foram utilizados para confec��o de um teste de contato personalizado que permitiu a conclus�o diagn�stica e correta condu��o da paciente. Assim, ressaltamos a import�ncia da realiza��o do teste de contato personalizado, em especial nos casos suspeitos de dermatite de contato al�rgica, onde o teste (bateria padr�o) resultou negativo e/ou as subst�ncias suspeitas n�o se encontraram contempladas.

Descritores: Dermatite ocupacional, dermatite al�rgica de contato, plantas, Chrysanthemum.

12 - Efic�cia da midostaurina na mastocitose sist�mica - um relato de caso

Efficacy of midostaurin in systemic mastocytosis: a case report

St�phanie Kim Azevedo de Almeida; Igor Rafael Guedes Pereira Brand�o; Marina Fran�a de Paula Santos; Jorge Kalil; Pedro Giavina Bianchi

Arq Asma Alerg Imunol 2024;8(1): 80-84

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20230078

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Paciente do sexo feminino, com 63 anos de idade, portadora de mastocitose sist�mica h� cerca de 20 anos, sendo agressiva h� 10 anos. Crises quase di�rias com manifesta��es do trato gastrointestinal e vasomotoras. Ap�s diversas tentativas de tratamento, iniciou uso de midostaurina, um inibidor multiquinase. Depois de 6 meses de uso, observou-se bom controle dos sintomas, diminui��o em quase 50% da triptase s�rica e desaparecimento completo das les�es cut�neas.

Descritores: Mastocitose sist�mica agressiva, triptase, anafilaxia, les�o osteol�tica, s�ndrome de m� absor��o, inibidor multiquinase, midostaurina.

CARTAS AO EDITOR

13 - Teste de triagem de oportunidade nos Erros Inatos da Imunidade: o que � a globulina calculada?

Opportunity screening for inborn errors of immunity: what is calculated globulin?

Cristina Frias-Sartorelli Toledo Piza; Carolina Sanchez Aranda Lago; Maria C�ndida Faria Varanda Rizzo; Ligia Maria de Oliveira Machado; Celso Jos� Medanha da Silva; Dirceu Sol�

Arq Asma Alerg Imunol 2024;8(1): 85-86

DOI: 10.5935/2526-5393.20230079

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14 - Tratamento farmacol�gico da polinose: uma resposta al�rgica da fase tardia dos sintomas encontra-se esquecida?

Pharmacological treatment of pollinosis: has the late-phase allergic response been forgotten?

Francisco Machado Vieira

Arq Asma Alerg Imunol 2024;8(1): 87-88

DOI: 10.5935/2526-5393.20230080

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